Um dos grandes desafios na carreira de qualquer profissional é a mudança de papel. Ser promovido, principalmente para uma posição de liderança, é muito bom, mas o impacto dessa mudança é sempre incerto. Justamente por isso, se atentar à questão comportamental além da técnica é imprescindível.
O que muda?
Para Richard Vasconcelos, CEO da LEO Learning Brasil, o gestor de primeira viagem precisa assumir uma postura de aprendiz e desenvolver sua resiliência para entender como não dominará todas as tarefas como antes. “O principal desafio é aprender, na prática, a diferença entre o atual papel e o anterior, deixando de fazer atividades as quais sempre fez muito bem, para entrar em um mundo de novos desafios e oportunidades”, comenta.
Angústias são normais
Durante esse aprendizado é natural sentir angústias e ter muitas dúvidas, por isso é importante investir na capacitação para o desenvolvimento de habilidades essenciais ao líder. “Tão vital quanto o conhecimento técnico sobre o negócio, é agir com o devido comportamento”, expõe.
Soft skills
Nesse contexto se insere a relevância do aprimoramento das soft skills, termo em inglês para definir as competências sociais, emocionais e mentais ligadas à personalidade de cada um. Também têm uma forte relação com o aprendizado constante, tão crucial para o crescimento na carreira.
Características em comum para quem tem destaque
Ainda para o especialista, gestores de destaque possuem alguns valores em comum, como empatia, resiliência, escuta ativa, adaptabilidade, flexibilidade, propósito, capacidade de comunicação e de resolver problemas. “Por isso, treinamentos responsáveis por ensinar a delegar tarefas, gerir pessoas e desenvolver a comunicação são essenciais para quem está começando nessa jornada”, destaca.
O mindfulness pode ajudar
Para isso acontecer, as técnicas de mindfulness podem ajudar. Quem aponta isso é Ligia Costa, fundadora da Thank God It's Today. De acordo com ela, esse é um recurso capaz de atrair clareza, calma, felicidade e plenitude, questões muito bem vistas dentro das organizações.
Segundo ela, essa é uma ferramenta capaz de permitir viver no momento presente. “Para isso, utilizamos conceitos diferentes de meditação juntamente com respiração para estarmos atentos aos nossos sentimentos e pensamentos. Dessa maneira, podemos fazer melhores escolhas e prestar atenção em cada uma delas”, compartilha.
Delegar assertivamente é o grande diferencial
Coordenar as atividades, aliás, é o primeiro grande passo para se tornar um bom “chefe”. “Aqui, o diferencial é dedicar tempo para conhecer bem cada indivíduo da equipe e distribuir as obrigações condizentes com a capacidade de cada um. Essa é a grande diferença do novo cargo: entender como a entrega de resultados passará a ocorrer por meio de outros profissionais e não somente do trabalho individual”, continua o CEO da LEO Learning Brasil.
Interesse nos times
Para isso acontecer, é fundamental ter interesse genuíno no aprendizado e crescimento dos outros, mas só ter esse desejo não basta. “É recomendado buscar ferramentas ou cursos específicos e, principalmente, focar energia no autoconhecimento, pois ter clareza de quais são seus pontos fortes e suas fraquezas é imprescindível para a gestão de equipes”, conclui Vasconcelos.
Como você se prepara para ser um líder do futuro?