Cada vez mais, no contexto corporativo, falamos sobre as soft skills (habilidades socioemocionais) e sua importância para a formação de um profissional desejado pelas empresas. Portanto, se você busca uma vaga ou atua como estagiário e jovem aprendiz ou funcionário efetivo, algumas dicas podem ajudar. Por isso, se você quer aprender mais sobre o tema, veja esta matéria!
Dados mostram tendência dessas características
No ano passado, a Google anunciou as descobertas de um estudo interno responsável por analisar as equipes para determinar quais eram mais inovadoras e produtivas dentro da empresa. Eles descobriram: suas melhores staffs não eram aquelas cheias de cientistas de ponta. Em vez disso, os times de maior desempenho eram grupos interdisciplinares os quais se beneficiaram muito de funcionários trazendo fortes habilidades pessoais para o processo colaborativo.
Outras pesquisas revelaram alguns importantes indicadores de sucesso na fundadora do famoso site de pesquisa. São características como boa comunicação, percepções sobre os outros e liderança empática. Entretanto, não são apenas as principais companhias de tecnologia as únicas a encontrarem valor nesses tipos de habilidades.
Nove em cada dez colaboradores, cerca de 90% das pessoas, são contratados pelo currículo (hard skills) e demitidos pelas atitudes (soft skills). A informação é do levantamento de 2018 da Page Personnel, consultoria global de recursos humanos.
Sabendo disso, Beatriz Tavares, estudante de administração, em Ribeirão Preto, tem procurado sempre aprender a ter um perfil desejado pelas corporações. “Não posso me fechar apenas com o conteúdo oferecido na universidade, afinal, há centenas ou milhares de pessoas se formando todo ano com o mesmo conteúdo”, conta.
Por isso, ela investe em cursos e palestras para ajudar a entender mais a fundo o mercado. “É tudo uma questão de networking e ter contato com as principais tendências para a minha profissão”, compartilha.
Os dados destacam como não basta ter pessoas qualificadas tecnicamente, com ótimos cursos e atividades complementares para serem selecionadas para uma vaga. Relacionamento interpessoal, comunicação, liderança, negociação, empatia etc., são alguns dos aspectos mais buscados pelas contratantes nos candidatos e eles vão muito além dos bancos de faculdade.
Como desenvolver essas qualidades?
A especialista em soft skills, Lucedile Antunes, dá três dicas para desenvolver suas capacidades:
I. Tome consciência das possibilidades atuais e futuras
É necessário um movimento de consciência, de entendimento das possibilidades futuras e das enormes oportunidades proporcionadas pela vida para a evolução. “Ponderar os prós e contras de continuar como está pode ser o início do seu processo de desenvolvimento dessas características", explica.
II. Saia da zona de conforto
Se você quer buscar a sua melhor versão, o seu primeiro grande passo é estar aberto para sair da zona de conforto, em busca do desenvolvimento de novos comportamentos. Sem esse desejo de mudança, nada será possível.
III. Busque autoconhecimento
Se autoconhecer significa reconhecer suas fortalezas e fraquezas e implica em mergulhar nessa jornada pois é uma das maiores oportunidades para se aprimorar.
Perspectivas futuras
Com o mundo da quarta revolução industrial e com vistas para uma nova realidade pós-pandemia, as competências pessoais estão sendo muito procuradas. Não é nenhuma surpresa como criatividade, gestão de pessoas, pensamento crítico e inteligência emocional respondam por metade das dez principais habilidades almejadas. "Resumindo, esses pontos oferecem às pessoas a capacidade de navegar em um ambiente de negócios em constante mudança", finaliza Lucedile.