Há alguns anos, se falássemos sobre o avanço tecnológico e como seria possível às pessoas adotarem a modalidade do home office e utilizar ferramentas de videoconferência para realizar reuniões importantes, encontros com amigos e até mesmo eventos, provavelmente poucos acreditariam. No entanto, essa realidade chegou e hoje vivenciamos algo nunca antes concebido na história da humanidade.
Videoconferências
O head do aplicativo Zoom no Brasil, Alfredo Sestini, reflete por exemplo sobre a cronologia do uso audiovisual para reuniões corporativas. “Voltando um pouco na linha do tempo, há cerca de dez anos, eram poucas as corporações fazendo uso da tecnologia de vídeo. A grande maioria dos encontros virtuais realizados com pessoas em diversas cidades do país e até mesmo no exterior, era feita via conference call. Porém, essa nova modalidade foi tomando espaço e também se tornando um recurso mais acessível para muitas instituições”, reflete.
De uns anos para cá, o uso dessa ferramenta ganhou mais terreno dentro de muitos escritórios no país. Porém, em 2020, realmente foi vivenciado uma mudança radical na forma de trabalho, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou a pandemia devido ao Covid-19 e a população passou a ficar em quarentena dentro de casa. “O mais interessante de tudo isso foi verificar como o mindset dos gestores mudou tão rapidamente diante de todo esse caos gerado”, comenta Sestini.
A capacidade de trabalhar remotamente é fundamental para os negócios e rapidamente se adaptaram e repensaram suas operações do dia a dia para garantir a continuidade de suas atividades. “Na minha opinião, tudo isso foi possível graças às plataformas de comunicação em vídeo”, salienta o especialista.
Novas gerações
As desenvolvedoras desses aplicativos de vídeo conferência já vinham se modernizando para atender à demanda da geração millennials, jovens nascidos a partir de 1980. Atualmente, eles somam 1,8 bilhão de pessoas e utilizam a Internet para praticamente todas as suas atividades. De acordo com pesquisa global da Ovum Research, em parceria com o GoTo, poucos jovens gostam de falar ao telefone. De fato, se tivessem a opção, 75% deles desistiriam dessa capacidade para enviar mensagens de texto.
Suas habilidades sociais se desenvolveram por meio de interações em aplicativos de bate-papo móvel, em vez de conversar pessoalmente. Eles estão acostumados a um tipo de comunicação possível de responder em seu próprio tempo, em vez de reagir instantaneamente em uma ligação telefônica.
Trabalho híbrido
Na Europa e nos Estados Unidos, a cultura do trabalho já passava por uma mudança de paradigma. No Brasil, algumas companhias já estavam se adaptando à atividade híbrida, permitindo ao colaborador atuar de sua residência alguns dias na semana, ou em espaços colaborativos. “Passado este ano turbulento, no qual o Covid-19 ainda está em cena, temos em mente uma questão unânime mundialmente: qual modelo as corporações deverão adotar nos próximos anos?”, reflete o gestor.
A forma como as pessoas passaram a se comunicar com o mundo mudou. Segundo Sestini, se você questionar a satisfação performando do lar, com certeza a maioria dirá gostar e não quer voltar para o escritório em tempo integral. “Essa resposta não deve ser surpresa para ninguém, afinal de contas, quem quer passar horas no trânsito ou em pé no transporte público lotado para chegar ao ambiente corporativo? Sem sombra de dúvidas os colaboradores se sentem mais felizes no home office”, destaca.
Plataformas comunicacionais
Quanto aos empreendimentos, é inegável como trouxe economia, em especial no valor investido em aluguéis e condomínios. “Daqui para a frente, muitas corporações diminuirão o tamanho de seus escritórios ou adotarão um espaço colaborativo para realizar reuniões e manter poucos funcionários em um mesmo endereço. Para seus contratados terem melhor produtividade e mais flexibilidade, muitas já iniciaram seus investimentos em plataformas unificadas de comunicação como telefonia, chat e vídeo dentro de uma mesma solução”, comenta o especialista.
Segundo Giovane Oliveira, diretor de tecnologia da Total IP, “cada vez mais o mundo é regido pelo virtual. Por isso, não se atualizar pode ser um erro decisivo. Quem aprende essa ideia se adapta melhor ao mundo tecnológico e consegue ter mais resultados no mercado de hoje”, explica.
Quais serão as tendências tecnológicas de sua empresa para o próximo ano? Acompanhe as matérias e conteúdos do Nube para mais dicas e orientações!