Final de ano é tempo de criar metas e quase sempre na lista dos estudantes está aprender uma nova língua. Atualmente, esse tipo de conhecimento pode abrir muitas portas e oportunidades. Saber ou entender inglês é muito importante para utilizar determinadas ferramentas da web e do mercado.
Em se tratando de língua estrangeira, o Brasil está entre os países com menor proficiência em um segundo idioma. Segundo uma pesquisa do British Council, apenas 5% da população fala inglês e apenas 1% fluentemente. Outro estudo da Education First, com 70 países, coloca o Brasil na 41ª posição, atrás do México, Peru, Chile e Equador.
O poliglota Pedro Richardson, dono do blog de viagens Travel With Pedro e formado em letras pela Universidade Federal de Viçosa, começou a aprender espanhol, francês e alemão sozinho quando ainda estava na universidade. “Devorava livros e comprava métodos com CD para praticar a audição e a pronúncia. Depois, já fora do Brasil, aprendi italiano e russo, e no momento estou aprendendo turco. Embora muita gente acredite ter sido ‘vocação’, gosto de dizer: só consegui com muito esforço”, explica Richardson.
Para quem deseja tirar esse plano do papel em 2021, seja para conseguir uma promoção no trabalho, iniciar um projeto acadêmico ou mesmo por prazer, Richardson oferece algumas dicas.
Propósito
A primeira orientação é ter um propósito: “isso vai te ajudar a ter comprometimento e a manter a motivação. Você quer aprender para uma viagem? Para tentar um emprego em uma multinacional? Em todos os casos, terão momentos de falta de motivação, algumas dificuldades e barreiras criadas por você mesmo ou por trauma de algum professor. Porém, ao se lembrar do seu objetivo, o engajamento virá junto”, ressalta o especialista.
Escute músicas
De acordo com Richardson, ouvir música na língua estrangeira ajuda a familiarizar-se com os sons. “Sempre procuro esse hábito para aprender. Faço uma pequena seleção e toco com frequência e, o quanto antes, pego a letra e começo a acompanhar. Isso ajuda a conectar a leitura com as sonoridades. O passo seguinte é acompanhar e soltar a voz. Isso ajuda muito! É sempre bom dar pausas, voltar e repetir aquelas partes mais difíceis de pronunciar, tentando imitar o cantor”, recomenda.
Já para praticar a escrita, o poliglota também recomenda o uso das canções como material. Ele sugere, após escutar e cantar, escrever a letra de ouvido. Por ser um exercício mais complexo, é normal surgirem erros no começo. “Nesse exercício você vai colocar em xeque seu nível de disciplina”, afirma.
Diálogos
Outra possibilidade é exercitar bem os músculos da boca para diminuir o sotaque brasileiro. Para isso, o autor sugere criar diálogos imaginários para praticar a fala. “Faço isso quando não tenho ninguém com quem treinar. Era o caso quando estava aprendendo alemão. Eu conversava comigo mesmo em voz alta e respondia. É claro, se você tem alguém para compartilhar esse conhecimento, seja pessoalmente ou pela Internet, será muito melhor”, garante.
Visão compartilhada com Katie Nielson, chefe de educação na Voxy: “aproveite o melhor da tecnologia nesse momento para potencializar a fixação com o uso de recursos multimídia, como vídeos, infográficos e flash cards. Além disso, as redes sociais também podem ser ferramentas valiosas”, comenta.
A prática leva à perfeição
Como em qualquer tipo de ensino, a prática ajuda a ter autoconfiança. Por isso, o poliglota recomenda ter contato diário com o assunto. “Dedicar dez minutos por dia leva a um melhor resultado. Lembre-se, a finalidade principal é falar inglês, e a tecnologia está aqui para nos ajudar. Pratique e procure entender um pouco diariamente”, orienta Richardson.
Quais são suas metas para o próximo ano? Acompanhe as matérias e conteúdos do Nube para mais dicas e orientações.