A frase “o home office veio para ficar” está na boca de todo CEO. Não dá para negar os benefícios do trabalho remoto para empresas e funcionários de quase todos os segmentos do mercado, como redução de custos e aumento de produtividade. Contudo, é preciso se atentar também às perdas vindas com esse modelo.
A falta de empatia trazidas com a relação tela-tela
Se por um lado as pessoas estão mais felizes por não ter de pegar trânsito para ir e voltar do estabelecimento comercial. Bem como, satisfeitos por passar mais tempo com a família. Por outro, estão mais isolados dos colegas e não trocam mais experiências de maneira casual como antes. “O cafezinho, hoje em dia tomamos sozinhos, na frente da tela do computador e a experiência de socialização por vezes fica limitada às reuniões virtuais, sem contato físico, sem o calor humano, marca reconhecida do brasileiro por todo o mundo”, analisa o CEO da Sankhya, Felipe Calixto, de Uberlândia (MG).
Na atuação a distância, pode-se incluir ainda a pontualidade em relação às reuniões virtuais, deadlines, etc. Assim como a objetividade e o foco com os assuntos corporativos. Os atrasos podem ser contornados com remarcações simples de horários, o famoso invite já bloqueia a agenda e todos se adaptam às demandas diárias, rapidamente.
Apesar disso tudo, o fator humano precisa ser levado em consideração. “Percebi no meu tempo de isolamento, em casa com a família, como faz falta ir ao espaço físico, olhar os companheiros nos olhos e tirar uma dúvida qualquer. Dar ‘bom dia’ sem ser para a câmera e sentir a sinergia das relações intrerpessoais”, comenta Calixto.
Esse sentimento de pertencimento reflete também no companheirismo e na colaboração germinados na operação presencial. “No escritório passamos não apenas a conviver, mas entender e admirar nossos líderes e colegas por suas conquistas. Aprendemos e nos inspiramos nos conhecimentos, atitudes e experiências comuns”, finaliza o dirigente.
Isso sem mencionar o bloqueio criativo. Estar em um ambiente de intensa transformação, de corre-corre, onde os barulhos das conversas e os ruídos do teclado, do telefone, das celebrações de equipes e até das pessoas saindo para o almoço, atiça a nossa imaginação e curiosidade.
Para 78,5% dos brasileiros, o teletrabalho não veio para ficar
Segundo pesquisa da Unentel, o teletrabalho agradou 81,3% dos entrevistados, sendo a adoção de 67% em período integral, desde os primeiros meses da pandemia e 26% parcialmente. Apesar da ótima aceitação, a maioria dos colaboradores deseja voltar à instituição e recusa a possibilidade de continuar operando totalmente a distância após o fim do isolamento.
Nesse sentido, 60,8% dos funcionários visam incorporar o modelo híbrido pós-quarentena. Existe também aqueles ansiosos pela volta “normal” ao estabelecimento quando liberado (17,7%). Ou seja, para 78,5% ainda não é o fim dos espaços formais de ofício. Contudo, para 21,5% o home based deveria ser instituído como a nova forma de ocupação.
Retorno aos escritórios pode ser mais produtivo
Para a gerente comercial da Moveleiros, Carolina Rocha, a volta ao presencial foi muito importante tanto para a organização, quanto para os colegas da equipe. “A empresa começou a sentir essa demanda e receber o pedido do time. Isso foi bom para o quesito psicológico, com a interação do grupo - com cuidado, sempre - principalmente para nossa área comercial. Consequentemente, quando nós regressamos, nosso rendimento chegou a crescer até 100%. Logo, visivelmente fez a diferença”, explica.
Esse é um tempo de reflexão, as inovações trazidas com a instabilidade estão modificando rapidamente conceitos e tendências antes em curso. Todavia, conseguir identificar oportunidades e entender as carências e perfil dos funcionários será fundamental para o desenvolvimento das entidades quando essa situação delicada passar.
Então, explore as possibilidades e mantenha-se sempre atento e informado. Para isso, acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diários com a participação de grandes especialistas. Assista também matéria do programa “Conexão Ilimitada”, da TV Nube: como será o retorno ao trabalho presencial?
Você é a favor ou contra o home office? Sua equipe de estagiários ou aprendizes atuando a distância?