A maternidade é um momento de realização para muitas mulheres. Contudo, algumas adiam esse sonho com receio de prejudicar a carreira profissional. Afinal, conciliar a maternidade com o mercado de trabalho nunca foi uma tarefa fácil e também não muito bem vista no passado.
É preciso quebrar barreiras
Segundo a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 48% do público feminino ainda é demitido após o retorno da licença maternidade com desligamento sem justa causa. No entanto, os efeitos podem depender do nível educacional da mãe, aquelas com maior escolaridade apresentam queda de emprego de 35%, um ano após o início da licença. Enquanto a perda é de 51% para aquelas com grau mais baixo.
Para a empresária e estilista, Anne Garcia, mãe de dois filhos, de 18 e três anos, para conciliar tudo o mais importante é administrar minuciosamente o tempo. “Organizar e planejar a rotina diária é essencial. Eu sempre procurei muita flexibilidade nos meus horários e viagens. Busco dar prioridade a minha família, sem deixar de lado o trabalho e isso foi se adaptando e moldando de uma forma natural”, explica.
Para algumas pessoas, 24 horas não são o suficiente para cumprir toda a agenda, mas planejar e otimizar os momentos é determinante para manter o fluxo de tarefas em constante movimento. Todos os dias antes de dormir, eu mentalizo e anoto as principais ocupações da data seguinte. Cálculo um intervalo para mim, com a família, ciclo laboral e consigo sem problema algum encaixar tudo”, comenta Anne.
Além disso, ter uma boa noite de sono, cerca de oito horas diárias, também contribui para deixar a mente mais ativa e fluir as metas. “Cada mãe é uma. Então, a dica é: seja feliz! Não queira ser perfeita. Crie uma conexão com o seu baby e conseguirá identificar as suas necessidades e a dele. Além disso, tenha um tempo para se cuidar e se amar, descanse. Deixe tudo acontecer com leveza”, finaliza a empresária.
Confie em você, mulher!
Um ponto importante a ser observado é por parte das organizações, com ações e diretrizes a fim de incentivar e dar apoio a elas no crescimento profissional. “A diversidade tem de fazer parte do negócio de toda companhia. Nós da Yara temos um olhar atento para essas questões, não só na unidade Brasil como também na nossa sede na Noruega", destacou a primeira mulher a assumir um cargo de diretora de Operações na Yara Brasil, Marcia Silva.
A instituição possui um programa interno para permear e equilibrar as práticas e contratações, bem como, estimular o crescimento delas em cargos de liderança. Quando o programa teve início, 12% desses postos laborais eram ocupados por esse público e hoje esse número chega a aproximadamente 20%. “Ainda temos muitos desafios, mas devemos nos impor e superá-los diariamente, sem usar da autovitimização. Depende de nós mudar muitas das concepções ainda enraizadas em nossa sociedade, como o machismo”, avalia a presidente da SRB, Teresa Vendramini.
Para Marcia, o fato de estar rodeada por homens no ambiente laboral não deve gerar nelas um medo de “mostrar fraquezas”. “Somos seres humanos e temos nossas responsabilidades fora do serviço. A pandemia me mostrou muito isso, pois devido à minha postura em sempre expor questões femininas, como as crianças e cuidados com a casa, muitos companheiros se sentiram mais livres para também compartilhar desses momentos vividos em seus lares durante as reuniões”, expõe.
Portanto, “descubra sua essência. Tenha a segurança e a tranquilidade de ser quem você é. Não tente se mascarar para o outro te incluir. Cada um tem sua história de fracassos e conquistas e, por meio dela, podemos ajudar quem está chegando. Juntas somos mais”, finaliza a diretora.
A força delas é sinônimo de aumento do potencial criativo, empático e inovador. Além de quebrar barreiras históricas, novas fronteiras também estão sendo superadas. Isso é resultante da ampla visão de diversidade, compreensão da pluralidade e dessa inclusão.
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Quantas mulheres, mães, existem na sua companhia?