A comunicação é um fator primordial em qualquer contexto, seja pessoal ou profissional. Cada vez mais as empresas buscam colaboradores alinhados com as necessidades do mercado, mas além das habilidades técnicas, o mais importante são as competências comportamentais.
Essa habilidade diminui, inclusive, o estresse
Nesse sentido, a escuta ativa é a competência de manter atenção plena à mensagem do interlocutor, utilizando todos os elementos comunicacionais para compreender e receber o conteúdo estrategicamente. Essa capacidade contribui para entender melhor os indivíduos e reagir de forma mais assertiva nas diversas situações.
Essa é uma aptidão extremamente tática. “Ao longo da história pessoas de poder são citadas com esse foco, tiveram grandes conquistas e eram extremamente capazes de ler e fazer essa análise do outro”, comenta o economista e mestre em filosofia, Matheus Jacob.
Para ele, existe uma visão limitada dessa maestria. Na realidade as relações são complexas e cada circunstância exige uma postura distinta. Entretanto, saber ouvir ativamente ajuda a diminuir ruídos e evitar desgastes no diálogo.
Apesar de usar esse verbo relacionado a audição, trata-se de saber ler todos os sinais ao seu redor, sejam visuais, textuais, sonoros ou elementos contextuais. Segundo o especialista, é fundamental aprender a interpretar a imagem pessoal, o tom de voz e as linguagens não verbais.
Em Customer Success (em português, sucesso do cliente), por exemplo, é tão importante como em qualquer outro momento na vida, explica a analista da área na Total IP, Camila Onoue. “Contudo, como esse setor é a ‘voz do consumidor’ dentro da companhia, precisamos ouvir atentamente a essência da mensagem. Isso gera benefícios para todos os envolvidos na conversa, pois minimiza conflitos, proporciona confiança e aumenta a segurança do usuário conosco”, expõe.
Desenvolva e treine essa competência!
Então, para ajudar no desenvolvimento desse potencial, o mestre em filosofia elencou alguns insights. Veja:
- Incorporar repertórios de classificação de indivíduos, como o tipo de roupa, os arquétipos e simbolismos, tipo de comunicador, se tem perfil de liderança, de negociador ou outro;
- Estar presente e ligado ao discurso do orador. Prestar atenção em todos os detalhes verbais e não verbais. Bem como, citar exemplos usados no recado, confirmar informações, questionar, evitar distrações;
- Validar o conteúdo, acolher sem julgar e dar um feedback de acordo com a compreensão da mensagem.
Essa é uma ferramenta de comunicação em alta, porém precisa ser treinada e desenvolvida. “Sempre procuro realizar esse exercício, pois isso me ajuda em ambos aspectos. Claro, não concordo a todo tempo com o outro, mas dou a chance dele transmitir a informação para depois eu me expressar com base na fala dele”, complementa Camila.
Com essa destreza na rotina, há um grande potencial de gerar mais empatia e menos conflitos na resolução dos desafios das organizações. Antes mesmo de pensar em uma resposta pronta, a “escuta ativa” possibilita à instrução ser compreendida de maneira correta. Afinal, é a oportunidade de haver um retorno mais eficaz e direcionado. Ainda, cria conexão verdadeira entre as partes envolvidas.
Essa habilidade destacada no texto, bem como a empatia, ética, criatividade, liderança, entre outros, são exemplos de soft skills cada vez mais buscadas pelo mercado. “Logo, é preciso, cada vez mais, desenvolvê-las, tanto para ir bem em uma entrevista e conquistar um novo emprego, como para se manter no serviço”, analisa a executiva, pedagoga, e palestrante, Erika Linhares.
O mercado não será mais o mesmo após o Covid-19. “Muitas pessoas ainda correm o risco de serem demitidas após a crise e outras terão de se esforçar ainda mais para se manterem onde estão”, finaliza a executiva.
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Você sabe ouvir?