Muitas empresas já pensam em retomar gradualmente as atividades presenciais, logo, terão de seguir um rígido protocolo sanitário para evitar contaminação pelo vírus. O novo ambiente de trabalho prevê estações com distanciamento social, escalonamento e rodízio de colaboradores. Além, é claro, da testagem obrigatória em casos suspeitos.
Para a médica infectologista e consultora na It’sSeg, Naiane Ribeiro Lomes, a rotina dos funcionários não será mais a mesma enquanto a pandemia perdurar. “Os gestores terão de fazer uma revisão aprofundada dos processos e isso inclui a forma como a equipe se relaciona e se comportam internamente. Atitudes antes consideradas inofensivas, como um abraço ou compartilhamento de materiais, não fazem mais parte da realidade atual”, explica.
Nesse sentido, a especialista, junto da It’sSeg, listou algumas dicas para em uma volta segura e responsável. Veja:
1 - Testagem dos funcionários
Fazer o teste epidemiológico em todo o time não é a prática recomendada pela especialista. “Examinar o grupo não garante o cumprimento das obrigações da companhia identificando quem está saudável ou infectado. Recomendamos a provação apenas dos suspeitos sintomáticos ou de quem teve contato com pessoas de casos confirmados”, alerta a médica.
2 - Organização do espaço
As organizações terão de fazer diversas adaptações no ambiente corporativo para esse regresso. As cadeiras devem respeitar um espaço mínimo de distanciamento de um metro e meio. Também, todo o material de escritório e mesas precisam ser higienizados com mais frequência e separados por protetores. Os contratados ficam responsáveis pela limpeza constante dos utensílios de uso pessoal e profissional.
Boas condições operacionais são um determinantes para garantir a saúde, o conforto e a satisfação do público interno. Por isso, o negócio deve aproveitar de todos os recursos e ferramentas tecnológicas possíveis para garantir a estrutura necessária ao serviço.
Como ficam as reuniões? Elas estão proibidas nesse momento para evitar aglomerações e possibilidade de contágio. O ideal é manter as conferências virtuais a priori. Bem como, “aconselhamos a cada indivíduo levar sua refeição e a fazer no próprio local de serviço. Isso evita circulação, exposição e risco de contágio”, orienta Naiane.
3 - Quem pode voltar?
O ideal é fazer de forma programada e estruturada. Muitas instituições vão dar esse passo aderindo um sistema de rodízio. Também, pode-se adotar alguns parâmetros, tais como iniciar o processo com quem não tem filhos em idade escolar, aqueles não pertencentes ao grupo de risco ou os mais confortáveis com a situação.
4 - Cuidados no transporte
O uso das máscaras e do álcool em gel são apenas dois componentes desse cenário. "Se o empregado vale-se do transporte público, a atenção deve ser redobrada. Além de todas as outras sugestões, a máscara deve ser trocada a cada três horas”, finaliza a doutora.
Para a senior product manager LAC da Herman Miller, Maria Paula Zajar, “a maior preocupação dos gestores não deve se concentrar fisicamente, mas mentalmente, pois a seguridade é uma necessidade humana e influencia diretamente no bem-estar individual”. Portanto, “é preciso praticar a resiliência, a integração entre o público interno, como recursos humanos, estratégia, gestão e tecnologia. Isso tudo agregará em medidas holísticas e efetivas”, complementa.
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