Nesta pandemia, estamos vivendo um exemplo muito claro do famoso mundo Vuca. Expressão cada vez mais presente no meio corporativo para descrever características como volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade (do termo em inglês volatility, uncertainty, complexity e ambiguity). Por isso, é necessário sermos criativos e adaptáveis para passar por essas adversidades.
Pense nos seus liderados como seres humanos, não máquinas
O acrônimo desse termo se faz presente ainda hoje em um ambiente altamente crítico e nos desafia a sermos melhores líderes e gestores. “Particularmente, brinco e chamo esse conceito de ‘muvuca’, tudo junto e misturado. No entanto, compreender cada uma dessas palavras e saber interpretar como elas se aplicam no universo laboral é extremamente importante para a definição de estratégias capazes de minimizar os efeitos do Vuca. Entre eles, podemos destacar como principal: a dificuldade de elaborar um planejamento diante das constantes mudanças do mercado”, explica o Chief Marketing Officer IBM, Marcelo Trevisani.
Para o dirigente, organizações tradicionais podem prosperar mesmo diante de questões aparentemente inconvenientes para o seu crescimento, mas também podem enfrentar obstáculos em diferentes situações, tais como:
- Manter a relevância ao enfrentar o surgimento de novos modelos comerciais ou de uma concorrência;
- Introduzir um novo produto ou serviço, considerando incertezas de receptividade por parte do consumidor;
- Expandir a atuação da empresa em ambientes complexos, como em países com questões políticas e econômicas desfavoráveis;
- Conceber uma nova forma de negócio ou lançar a marca em um tráfico emergente.
Não há escolha: ou você se reinventa ou será engolido
Nenhum indivíduo detém todo o conhecimento, seja na sociedade ou em uma companhia. “Vivemos o modelo cartesiano de pensamentos fracionados, segmentados e departamentalizados - nos escritórios, chamamos de ‘silos’. Não há conversas ou interatividade. Entretanto, é fundamental haver troca, compartilhamento de experiências e informações, visando a construção do novo saber”, analisa Trevisani.
Nesse sentido, é preciso despertar a consciência para esse tema, pois no diálogo identificamos a capacidade de construir. Uma conversa na qual possa abrir mão, muitas vezes, da própria consciência e genuinamente entender o outro. Afinal, a sabedoria dele pode transformá-lo.
Por isso, instituições, seus líderes e gestores precisam estar abertos a isso, pois por meio da qualificação comprovamos a soma de saberes, possibilitando ir mais além. “Não existe mais a figura do gênio solitário, como o ‘chefe’. Aliás, a solidão de um dirigente, muitas vezes é provocada por ele mesmo quando não é capaz de criar um espaço colaborativo”, finaliza o chief.
Tudo isso implica muito além de criar uma melhor impressão da entidade ou mesmo da figura do gestor, mas pode refletir no caminho daqui para a frente, atraindo clientes, parceiros ou até mais pessoas interessadas em fazer parte dessa trajetória. Os contratados querem ser ouvidos e terem suas demandas atendidas.
Então, é essencial entender as necessidades, principalmente, para o “novo normal” e oferecer ferramentas para essa transformação. “É um desafio complexo, mas pode ser superado com tecnologia, inovação, atenção social e investimentos em educação e qualificação. Assim, as próximas soluções e demandas serão alcançadas. Com isso, os internos se sentirão mais amparados e as reputações serão verdadeiramente construídas”, completa o vice-presidente de Relações Institucionais da Samsung na América Latina, Mario Laffitte.
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