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5 hábitos para manter sua mente saudável 

Notícia | 25/11/2020

Gabriela Vasconcelos

Mente sã, corpo são. Contudo, nem sempre é fácil aplicar essa ideia na rotina, não é mesmo? Manter a cabeça saudável é um desafio diário o qual precisamos travar. A boa notícia é: se conseguirmos vencê-lo, estaremos mais perto da felicidade e prevenidos contra os altos índices de Burnout.

Hábitos saudáveis

Assim, veja as dicas de Virginia Planet, sócia-fundadora da House of Feelings, primeira escola de sentimentos do mundo:

  1. Durma bem

A primeira dica para quem quer ter uma mente saudável é dormir bem. Parece fácil, mas para muitas pessoas a simples atividade de dormir está longe de ser bem-executada. Assim, veja tópicos simples para auxiliar nessa missão:

  • Vá dormir sempre no mesmo horário - regularidade é fundamental, não importa se é dia de trabalho ou descanso.
  • Mantenha a temperatura do seu corpo estável, de preferência fresco - alguns especialistas indicam a média ideal como sendo de 18 graus Celsius.
  • Prefira ambientes escuros - por conta da alta exposição diária à luminosidade, seja das telas de computador ou celular, seja da luz natural, nosso corpo precisa de escuridão especificamente durante à noite para acionar a liberação da melatonina - hormônio do sono.
  • Não fique muitas horas acordado na cama - se você não está conseguindo dormir, levante, faça outra coisa completamente diferente e depois volte. O cérebro é como se fosse um dispositivo o qual aprende a associar a cama ao gatilho de acordar. Por isso é preciso "quebrar" essa associação.
  • Monitore a quantidade de álcool e cafeína ingeridos - a regra básica é: fique longe do café e similares à noite e tente não ir deitar embriagado.
  • Tenha uma rotina desacelerada. Dormir é um processo fisiológico parecido com aterrissar um avião: é gradual até chegar ao sono profundo. Por isso, nos últimos 20 minutos ou até mesmo meia hora antes de ir repousar, desconecte-se do computador, celular e tente fazer algo relaxante.
  1. Treine seus sentimentos e emoções

"A forma como encaramos nosso mundo interior condiciona tudo". Essa frase de Susan David explica muito bem a relação existente entre os nossos sentimentos e a maneira como reagimos aos acontecimentos externos. Se estamos tristes, nossos relacionamentos serão assim. Se estamos com raiva, iremos tratar os colegas de trabalho de forma áspera e por aí vai.

Não existem emoções positivas ou negativas, boas ou más. É preciso enxergar as coisas com mais flexibilidade e parar de nos auto julgar. Se nós quisermos ter uma mente saudável, precisamos mantê-la longe da rigidez emocional. Necessitamos treiná-la para se tornar mais ágil a fim de identificar sensações com rapidez e assim tentar controlá-las de maneira a reduzir o nosso sofrimento.

Esse tipo de treinamento geralmente vai acontecer durante as situações mais críticas da nossa vida: aquelas nas quais nos sentimos mais fragilizados e vulneráveis. Se estamos diante de frustração, medo ou tristeza, por exemplo, não devemos negar a existência dessas comoções. Precisamos identificá-las e decidir qual ação tomaremos a partir delas. Em muitos casos vamos precisar dar espaço para o autoperdão e a prática de falar sobre nossos sentimentos.

  1. Pare de procurar a felicidade e comece a fazer escolhas conscientes

Primeiro, pare de procurar a vida perfeita: empregos com zero estresse não existem, bem como o(a) namorado(a) sem defeitos e nem o apartamento no bairro de luxo, etc. Ao invés de se sentir satisfeito, isso pode gerar ainda mais ansiedade.

Dados científicos já mostraram: quanto mais entramos nessa busca incessante por felicidade, menos conseguimos alcançá-la. A taxa de suicídio mundial infelizmente atingiu seu maior pico nos últimos 30 anos nos Estados Unidos, mesmo com a melhora significativa dos padrões de vida, mais pessoas se sentem sem esperança e solitárias.

Segundo a pesquisadora e jornalista Emily Esfahani, a principal diferença entre felicidade e sentido para a vida é: enquanto a busca pela felicidade envolve alcançar um estado de conforto e relaxamento momentâneos, a procura pelo sentido vai muito além, pois envolve a doar-se de forma voluntária para outra causa, ou seja, usar nossos pontos fortes para servir o próximo.

Isso não necessariamente acontece por meio do trabalho. Tem mais a ver com aproveitar os momentos transcendentais da nossa vida, quando nos desconectamos do nosso eu, para dar espaço para algo maior.

  1. Pratique a filosofia estóica

O estoicismo afirma: as virtudes devem ser baseadas nos comportamentos ao invés das palavras. Portanto, se você tem um propósito claro de onde quer chegar comece a agir para fazer isso acontecer. Fazes as coisas de acordo com suas crenças te fortalecerá e blindará de forma poderosa contra os obstáculos e frustrações os quais virão pela frente. 

Além disso, precisamos admitir: está tudo bem não conseguir controlar todas as coisas externas se não dependem de nós. Afinal, todas as nossas angústias derivam do fato de passarmos grande parte das nossas vidas tentando controlar o incontrolável.

  1. Prepare sua mente para as situações mais críticas

Em 2014, a pesquisadora de resiliência, Lucy Hone, perdeu a filha de 12 anos em um duro acidente de carro o qual também levou a melhor amiga dela e a filha. Durante seu processo de luto ela descobriu três estratégias as quais a ajudaram a sair de seus piores dias e a encarar situações de extrema tristeza:

  • Esteja consciente: coisas ruins podem acontecer. O sofrimento faz parte da vida, da existência humana. Saber disso evita o sentimento de discriminação. Ao invés de se perguntar: "Por que eu?" pergunte-se: "Por que não eu?"
  • Saiba escolher cautelosamente para onde direciona sua atenção. Julgue as hipóteses de maneira realista, foque nas coisas as quais realmente pode mudar e tente aceitar quando não. Como seres humanos temos a tendência de dar mais ênfase às coisas negativas. O foco na ameaça, a resposta ao nosso estresse, fica ligado permanentemente. Não devemos ignorar isso, mas devemos encontrar formas de nos conectar com as coisas boas.
  • Pergunte-se sempre: "quais das minhas ações estão me ajudando ou prejudicando?" Esse pensamento pode ser usado em diferentes contextos da sua vida, seja na sua tentativa de conseguir promoção, seja para passar em uma prova ou até mesmo para se recuperar de uma doença e te ajuda a se colocar novamente no controle sobre si mesmo.

Lembre-se: nada disso vai funcionar se não se tornar um hábito. Para mudar um costume, é preciso persistência e foco no propósito almejado. Não é fácil, mas o esforço valerá a pena.

Como você cuida da sua mente?

 

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