Empreender não é uma atividade fácil. De acordo com o Sebrae, cerca de 25% das startups morrem com menos de um ano de vida. No entanto, com alguns cuidados simples, é possível evitar erros comuns nesse segmento. Para isso, o mais importante é identificar os erros logo no início da operação. Saiba mais lendo a matéria!
O foco no cliente
Segundo Beatriz Montiani, diretora de engajamento com fintechs e responsável pelo Programa de Aceleração da Visa, para fazer esse diagnóstico, os empreendedores precisam responder a três perguntas. “A primeira delas diz respeito aos clientes. Você sabe de fato quem é o seu consumidor? Provavelmente quase todos irão responder sim. Porém, será mesmo?”, indaga.
Para ela, em sua experiência, muitos empreendedores acabam detalhando melhor essa persona, fazendo uma imersão no usuário final, enxergando outros pontos de vista, necessidades, desejos e anseios. “Além disto, o olhar de fora, seja por meio de mentorias, ou o contato com outras instituições ajuda muito nesse processo também”, destaca.
Qual seu propósito?
Com uma identificação mais profunda, a especialista orienta sobre o segundo passo: “entenda melhor qual problema a empresa se propõe a resolver. Qual é o seu propósito? Muitas startups surgem da própria dor em resolver alguma questão, mas é preciso saber se é também uma dor do mercado e o quão grande ele é”, orienta.
Como vender suas inovações?
A partir disso, é possível aprofundar esse dilema, destrinchar possibilidades, pesquisar se há soluções semelhantes em outros lugares do mundo e, claro, aperfeiçoar a solução. A terceira e última questão a ser observada é como as startups estão vendendo suas inovações. “Ter um bom produto não é suficiente, é preciso saber vendê-lo”, comenta.
Analisando com cuidado esses três pontos, a taxa de sobrevivência dessas empresas, certamente, será maior. “Há ainda mais um ponto a registrar, talvez o mais polêmico de todos. Estou falando sobre a paixão pelo negócio. Antes de críticas, deixo aqui registrado sim, estar apaixonado por sua atuação não deve ser um problema. Pelo contrário, a gente deve mesmo investir nisso. A grande questão é quando nos cega”, aconselha Beatriz.
Os empreendedores não podem ignorar os pontos de melhorias. “É preciso desapegar de algumas coisas e ter coragem para admitir erros. Saber ouvir é crucial. Inspirar o time, resolver problemas, validar o modelo. Repetir esse ciclo quantas vezes forem necessárias. Se preciso for, pivotar a empresa. A tarefa não é fácil, mas é preciso deixar o ego de lado, colocar a paixão no banco de reservas e focar no melhor para os negócios”, ressalta a diretora.
O olhar para o time
Para Carlos Tristan, especialista em marketing de influência, a empresa dos sonhos não se baseia apenas nos negócios. “Como empreendedor, é preciso ter claro o entendimento do tempo do colaborador dedicado ao trabalho. Não estou falando apenas sobre cuidar de um time de profissionais engajados, mas sim de dar a eles recursos também para a realização pessoal. Talvez, essa seja a parte mais importante. Quando decidi empreender, tinha clara essa missão. Queria construir um negócio bem sucedido, mas principalmente um lugar no qual as pessoas tivessem orgulho em trabalhar. Agora, mesmo distante, esse sonho segue mais forte”, diz.
Como você lida com os desafios na hora de empreender? Para mais dicas e orientações, acompanhe as matérias e conteúdos do Nube. Leia também: "a importância das soft skills para o profissional do futuro."
