Com a crise econômica mundial provocada pela pandemia, empresas de todos os setores foram induzidas a adotar novas estratégias para permanecer no mercado e driblar a estagnação das atividades comerciais. O contexto de instabilidade financeira contribuiu para o país superar a marca de 13 milhões de desempregados, estimulando grande parte da população a procurar fontes de renda no empreendedorismo.
Para recuperar os ganhos suprimidos pela crise, o momento atual se mostrou como uma grande oportunidade para investir em sua própria empresa, e levou o Brasil a registrar o maior número de empreendedores da história. De acordo com uma estimativa feita pelo Sebrae, cerca de 25% da população estará envolvida na abertura de um novo negócio até o final do ano.
E-commerce
Além disso, a organização também mostra como o país registrou a abertura de 150 mil lojas virtuais desde o início do isolamento, demonstrando o crescimento da área. Para o empresário Greg Reid, esse cenário se deu, sobretudo, por uma questão de sobrevivência, e não por um olhar vocacional. “Para a grande maioria dos brasileiros, aprender a administrar sua própria instituição está sendo um desafio. Sem formação específica ou base para estruturar o investimento, a busca por informação e orientação na área está cada vez maior”, afirma.
Segundo a pesquisa "Perfil do E-commerce Brasileiro", quase 90% dos sites de e-commerce do país, recebem até 10 mil visitas mensais e são responsáveis por 8,48% do total de páginas brasileiras na Internet. Há cinco anos, esse número não chegava a 3%. De acordo com o CEO, Wdson Sandenys, para ter sucesso no negócio, seja físico ou on-line, é preciso ter: “estratégias de venda, conhecimentos do público, saber como falar e apresentar o seu produto, entre outras táticas”, destaca.
Para Sandenys: "poder trabalhar dentro de casa se tornou o grande diferencial do momento. É uma maneira de evitar exposição ao Covid-19, cuidar mais da casa e da família, ter flexibilidade de horários para realizar as atividades pessoais. Porém, o empreendedor precisa ter em mente: não dá para ter um negócio de sucesso, sentado no sofá, em frente a TV. É preciso separar um cômodo da casa e transformar aquele lugar em um local de trabalho. Quando você está concentrado em algo, as chances de dar certo são muito maiores", aconselha.
Cursos como marketing digital e gestão financeira estão entre os mais procurados durante a quarentena. Essa busca reflete a falta de instrução básica para começar a empreender no país. “Além da dificuldade prática e da falta de capacitação profissional, uma grande parte dos negócios ainda beira a informalidade. As corporações menos estruturadas e com baixo capital financeiro costumam ficar à margem do mercado e apresentar poucas perspectivas de crescimento, realidade de quase dois terços dos empreendimentos no Brasil”, explica Reid.
Desafios
Porém, não são apenas os aspectos financeiros representando um obstáculo para os empreendedores atuais. “A pressão para enfrentar as adversidades do mercado faz donos de negócios sofrerem de maneira mais aguda e desenvolvam transtornos mentais, como ansiedade e depressão”, destaca o especialista.
Apesar de um cenário adverso de modo geral, o empresário acredita ser preciso transformar os obstáculos em oportunidades por meio da perseverança. Para isso, é importante ficar por dentro das tendências do mercado. Acompanhe as matérias e conteúdos do Nube para mais dicas e orientações. Leia também: “empreendedorismo: nova forma de produzir.”
