O atual momento vem favorecendo o surgimento de diversas discussões sobre realização pessoal e profissional, especialmente diante das incertezas sobre o amanhã. Muitas coisas não voltarão a ser como antes e, talvez para muitos, encontrar uma nova forma de produzir, seja uma oportunidade. Nesse sentido, surge a ideia de empreendedorismo.
Realidade no Brasil
Para Kadú Pimentel, advogado e empresário, todo momento é oportuno para empreender, entretanto, em uma situação de crise econômica as pessoas precisam buscar alternativas. “Nesses tempos surgem grandes oportunidades", afirma. Segundo a pesquisa “Empreendedorismo no Brasil – Relatório executivo 2018”, com dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e apoio de IBQP, Sebrae e UFPR no Brasil, a taxa de novos negócios no Brasil é de 38% entre a população de 18 a 64 anos,o equivalente a aproximadamente 51,972 milhões.
Para Kadú, o momento exige compaixão, um olhar humano, de doação, de amor e compreensão do desafio: “mas também é preciso atitude, pois ficar parado não levará ninguém a lugar nenhum. É preciso reinvenção e posterior ação, pois a crise está aí e ficar parado não vai ajudar. Sem dúvidas faz-se necessária uma adaptação”, sugere.
Adaptação
Segundo ele, um negócio hoje em dia precisa ser flexível. “Um exemplo tradicional é o varejista sem um canal de vendas on-line, um restaurante sem estrutura de delivery ou uma corporação a qual possibilita a opção do home office a seus funcionários. Estes, ou ficaram pelo caminho, ou correram contra o tempo para se adaptar diante do novo cenário", comenta o empresário.
De acordo com uma pesquisa de monitoramento dos pequenos negócios do Sebrae, 21% das empresas estão fechadas no mês de julho no estado. Dessas, 6% pretendem encerrar as atividades nos próximos 30 dias. Ser empreendedor não é tarefa fácil, mas requer em primeiro lugar um propósito. "Ouso dizer: é um dos processos produtivos e criativos mais difíceis existentes”, destaca Pimentel.
O especialista comenta quais são os fatores necessários para investir nesse cenário: “para se manter em pé diante dos obstáculos, foque em seu propósito, sonho e sua meta principal. Você vai errar, fracassar, pode até falir alguns negócios, mas vai se reerguer por um único motivo: o de nunca desistir do seu objetivo", diz.
Encontre seu propósito
Imaginar o futuro no qual não voltará aos seus trabalhos normais quando a crise passar, é mais um motivo atraente para pensar em empreender. "Todo gestor precisa superar muitos desafios”, comenta. Kadú descobriu nessa iniciativa sua verdadeira vocação e quando perguntado se voltaria atrás a resposta foi: "jamais! É minha vida, é onde meu coração bate mais forte, me sinto útil para o mundo, tenho o poder de realização e de grandes conquistas, mas também quando sou constantemente motivado a evoluir”, menciona.
Por fim, ele deixa três dicas para quem deseja empreender. São elas:
“Você precisa se interessar e se identificar pelo segmento no qual pretende atuar. Só ir em busca de dinheiro pode ser útil no curto prazo, mas não sustentará seu negócio no longo prazo”;
“Ao escolher um segmento, estude-o profundamente, entenda o mercado, analise a concorrência (benchmarking), faça um plano de negócios. Se preciso, contrate uma consultoria”;
“Colocar em prática, para saber se vai funcionar. Isso é empreender. O mercado é abundante e se o seu produto ou serviço forem bons, e realmente entregar valor ao consumidor, se você fizer um trabalho eficiente, haverá sempre uma demanda para ser atendida”;
O empreendedor é um líder
Considerando o lado de quem está buscando empreender, essa pessoa deve procurar gerar o futuro sustentável de seu projeto e muito mais, assegurar que seu projeto está transformando as pessoas e a vida em seu entorno.
Para a economista, Penha Pereira: “um verdadeiro líder empreendedor é quem faz da diversidade uma unidade. Se não estiver claro para cada gestor a importância da evolução de seus colaboradores, jamais conseguirá fazer a organização naturalmente experimentar uma transformação positiva”, afirma, Penha.
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