Segundo dados do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2020, divulgado pelo instituto do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior de SP (Semesp), as matrículas em EAD cresceram 16,9% entre 2017 e 2018.
O especialista em educação e tecnologia, Alfredo Freitas, alerta para estudantes investigarem a qualidade antes de escolherem uma instituição de ensino. “O número de discentes matriculados no ensino on-line já era ascendente antes mesmo da pandemia. Com o isolamento social obrigado pelas autoridades de saúde, a migração de aulas presenciais para Internet e o estímulo para a transformação do sistema educacional nacional e internacional aumentaram”, avalia especialista.
Conforme o Censo EAD.BR, realizado recentemente pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), atualmente, o ensino superior a distância já corresponde a 26% do número total de alunos no Brasil. Freitas explica como na modalidade, assim como na presencial, existem diferentes níveis qualitativos carentes de avaliação antes da matrícula.
Para ele, é muito comum as pessoas considerem as diferenças de qualidade no modo físico, mas acabam colocando as instituições de ensino virtuais no mesmo prisma de valor: “como se fossem todas iguais e não são”, destaca.
O gestor sugere: “os estudantes devem avaliar com cautela, a estrutura, competência do corpo docente; interatividade entre professor e aluno; qualidade dos recursos educacionais disponíveis; credenciamento junto aos órgãos competentes e carga horária, na hora de matricular-se", diz Freitas.
Freitas destaca como ser assertivo na escolha poderá ser um diferencial na carreira profissional para não se frustrar durante o curso. “Os educandos devem aproveitar esse momento para seguir se capacitando remotamente”, comenta. Ainda segundo os dados do censo da Abed, existem muitas vantagens. “A mensalidade de uma graduação a distância, de acordo com o levantamento, pode ser até 65% mais barata.”
Porém, Freitas alerta: o preço não deve ser a única variável considerada na hora de escolher uma universidade. "Ao levar em conta apenas o valor mais baixo, o estudante deve estar preparado para usualmente receber uma experiência de ensino mais fraca e menos interativa. A proporção de custos deve preservar o investimento em pessoas para evitar, por exemplo, um professor lecionar para centenas de alunos, como acontece em alguns casos conhecidos", explica.
Para o educador, pedagogos, professores, equipe de suporte operacional e um capital humano expressivo também são necessários na modalidade. "Não há fórmula mágica. Quando se trata de ensino superior, o discente deve se perguntar porque está cursando e buscando essa formação. Se a resposta for simplesmente a obtenção do diploma, a gente abandona a lógica da qualidade e cai na do preço", pondera Freitas.
Tecnologia
O meio acadêmico foi um dos setores mais influenciados pela pandemia. Muitas instituições não se anteciparam para as novas tecnologias e se viram obrigadas a se adaptarem ao ensino remoto. “Aplicativos de idiomas, proximidade virtual, plataformas de videoconferência, softwares educacionais estão transformando a experiência educacional”, sugere.
O ensino a distância no Brasil, regulamentado há 14 anos, superou pela primeira vez, no ano de 2018, a oferta de vagas da educação presencial no país. De acordo com o Censo 2018 da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foram oferecidas 7,1 milhões de vagas a distância, frente a 6,3 milhões de vagas presenciais.
Para Alfredo Freitas a pandemia não precisa ser um momento de paralisia para a formação profissional, ao contrário, o momento pode e deve ser estimulante. "Se o estudante faz uma escolha de uma boa instituição vai adicionar ao seu currículo diferenciais competitivos para gerar inovação e resultados, e consequentemente será um trabalhador mais produtivo", pondera.
Estudantes
O cofundador e CEO da DreamShaper, João Borges, destaca como a grande maioria dos graduandos ainda está se acostumando a estudar em um ambiente on-line. A experiência da DreamShaper com mais de 150 mil alunos em mais de 300 escolas pelo país evidenciou como uma metodologia voltada para o incentivo pode fazer toda a diferença. “Possibilita um trânsito mais fácil no ambiente acadêmico. Esse formato gera uma auto motivação e disciplina, fatores decisivos para quem estuda à distância.”
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