Recursos tecnológicos estão causando uma verdadeira transformação na área de RH. A automatização em recrutamento dá mais agilidade aos processos, otimizando tarefas, antes demoradas e pouco produtivas poderiam levar dias para serem realizadas em poucos minutos. Contudo, ainda existem dúvidas por parte dos profissionais de quais tecnologias são adequadas e suas diferenças.
O sócio da Rocketmat, Tiago Machado, seleciona as principais transformações nesse sentido.
ATS
ATS significa Applicant Tracking System. É um software de armazenamento, lê e classifica currículos, e gerencia as etapas do processo seletivo. “Antes de forma manual era preciso coletar os CVs, lê-los e buscar uma hierarquia. Agora, tudo pode ser computadorizado”, destaca Machado.
Segundo ele, é possível estabelecer um grau de interação e uma experiência amigável entre o candidato e a empresa em um ambiente estruturado. “Suas aplicações passam por todas as etapas de um processo seletivo, desde a atração até a admissão do novo colaborador, considerado um diferencial em relação aos tradicionais portais de anúncios de vagas”, explica.
Inteligência Artificial
Outro recurso mencionado pelo especialista é a inteligência artificial (IA). “IA é um ramo da Ciência da Computação com o objetivo de elaborar dispositivos capazes de simular a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas, enfim, de ser inteligente”, explica o gestor.
Existente há décadas, essa área da ciência é grandemente impulsionada com o rápido desenvolvimento computacional, em especial das aplicações em cloud, permitindo novos elementos serem rapidamente agregados a ela. “Por meio de algoritmos, estruturas matemáticas, é possível mapear de forma igualitária e justa todos os aspirantes e detectar os mais qualificados em altíssima escala e selecionar aqueles com maior potencial, reduzindo custos e o período de tempo despendido com contratação e ações relacionadas”, orienta Machado.
Ele explica ainda como a inteligência artificial tende a reduzir muito as decisões baseadas em conceitos subjetivos e ampliar a diversidade nas companhias por meio de um processo de análise de soft e hard skills: “ou seja, nas qualificações e não em informações ocasionais de um efeito discriminatório como idade, gênero e opção sexual. Além de eliminar o chamado viés inconsciente – estereótipos, preconceitos, ou associações feitas em vivências - a produtividade trazida pela IA garante todo currículo ser recebido e avaliado”, comenta.
Machado finaliza ainda deixando em evidência: “com a geração de resultados mais confiáveis, as consequências são tomadas de decisões mais precisas. Para cada tipo de negócio é necessário desenvolver algoritmos específicos.”
De acordo com uma pesquisa recente da Deloitte, cerca de 33% das companhias no mundo já aplicam a IA no RH. “O perfil tem mudado na última década. Instituições começaram a entender a necessidade de descomplicar processos e assim as chances de encontrar talentos aumenta”, explica Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano. De acordo com a pesquisa HR Thinking 2019, 61% de quem está em busca de uma oportunidade desistem de participar de processos seletivos por conta da burocracia, enquanto 55% deles deram nota 9 ou 10 por inscrições feitas por meio de chatbot.
Para ela isso não significa tornar o Recursos Humanos um setor de “Recursos Digitais”. “Com a disrupção tecnológica, o uso de ferramentas atreladas ao trabalho tem sido um importante segredo para as companhias passarem a tratar com maior agilidade os seus processos”, explica Susanne.
O futuro do RH caminha em direção à inovação. Assista a matéria da TV Nube: transformação digital: sobrevive quem se adapta.
Feira de Estágios Nube
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