Um levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) apontou um padrão de crescimento do empreendedorismo, com cerca de 53,4 milhões de brasileiros à frente de algum novo negócio ou atividade autônoma. No entanto, uma relação improvável e inusitada é de como os esportes podem auxiliar nessa empreitada. Parece curioso? Saiba mais lendo essa matéria!
O empresário e paraquedista, Andre de Simone, explica como práticas de exercícios o auxiliaram com suas atividades corporativas. “Para mim, existe uma relação intrínseca entre ambos e ela ficou mais nítida depois de ter percebido as características as quais havia desenvolvido após anos saltando. A rápida tomada de decisões, o trabalho em equipe, o cálculo de riscos e busca por soluções são aspectos em comum entre os dois campos”, explica.
Pensando em sua trajetória, ele destaca algumas das lições do desporto para os líderes.
Risco calculado
O paraquedismo em sua essência é pular de um avião em movimento há muitos pés de altura, munido de equipamentos de segurança. O salto também tem seu risco e para Simone, empreender segue esse mesmo preceito: “oportunidades no mundo corporativo podem tanto dar certo quanto dar errado. Tendo isso em mente, é imprudente embarcar em algo de corpo e alma e doar todo seu tempo e dinheiro, sem calcular uma margem de erro caso as coisas não saiam como previsto. Investir em algo sem contemplar cenários importantes é como pular deixando o paraquedas no avião, metaforicamente falando”, comenta.
Coragem
O especialista ressalta como pular de uma altura significativa não é o primeiro instinto do ser humano. “O controle da ansiedade ao decolar e a resiliência para não desistir fazem parte do processo. Esse mesmo mecanismo se repete no ato de iniciar um novo negócio. As chances podem ou não ser bem sucedidas e o medo é impeditivo para muitas pessoas, portanto, além de confiar no projeto, é preciso coragem para enfrentar os possíveis obstáculos e contorná-los da melhor forma”, orienta.
Aprendizado
Antes de praticar o paraquedismo, todos devem passar por um curso preparatório com orientações teóricas. Tanto as aulas quanto o próprio salto são feitos com profissionais capacitados e experientes. De acordo com Simone: “encontrar referências, tirar dúvidas e passar por um processo de aprendizado também faz parte do ingresso no mundo corporativo. Um bom empreendedor busca saber sobre tendências, mercado financeiro, cases de sucesso, entre outros conhecimentos. Ou seja, pesquisar, buscar conhecimento e conversar com pessoas experientes também. Isso pode fazer toda a diferença”, destaca.
Trabalho em equipe
Para Filipe Colombo, CEO da Anjo Tintas, o esporte sempre esteve presente. Quando criança treinava futebol e por isso adquiriu habilidades importantes para a vida profissional como o trabalho em equipe: “jogando em um time aprendemos a necessidade de administrar vaidades e entender como cada indivíduo ali precisa dar o seu melhor para atingir objetivos. Essa é uma lição valiosíssima para vencer também na carreira. No trabalho ou em casa, se cada um fizer uma parte, a tarefa será mais leve e fácil”, aconselha.
Todos temos limites
Outro ensinamento do gestor é conhecer seus limites: “você se permite focar no melhor, se aprimorar e ter resultados incríveis. Identifique seus pontos fortes e fracos e trabalhe neles. Aprenda a falhar e tentar novamente. O esporte nos ensina muito isso, pois ganhamos e perdemos partidas o tempo todo e, se desanimarmos na primeira derrota, estaremos fadados ao fracasso”, afirma.
Você já tinha pensado na relação das práticas esportivas com o mundo dos negócios? Acompanhe as matérias e conteúdos do Nube para mais dicas e orientações. Leia também: “cinco vantagens da atividade física para o trabalho.”