Certamente, já era uma tendência para algumas empresas fazer o processo seletivo de seus colaboradores remotamente, por ser mais estratégico e disruptivo. Contudo, diante da pandemia foi preciso ter coragem, propósito e paixão pelo desafio de apertar o enter para a tão falada transformação digital. Ou melhor, do modo “off-line” para o “on”. Você tem dúvidas sobre esse novo formato? Então, continue lendo e entenda melhor!
É preciso ter muito mais sinergia entre empresa e candidato
Além de usar a tecnologia, foi preciso repensar a forma de impulsionar essa mudança no setor de Recursos Humanos (RH), uma área muito importante e vital para uma corporação. No entanto, como ser tecnológico e humanizado ao mesmo tempo?
O grande insight, está em investir nas startups, plataformas digitais, workplace virtual, inteligência artificial e arriscar em projetos de produtos mínimos viáveis (MVP´s). Bem como, utilizar princípios de metodologia ágil, pois já é um caminho sem volta. Além disso, “é importante requalificar e adquirir novos perfis de recrutadores e selecionadores com apetite de mudanças e caçadores natos de talentos”, explica a gerente de RH da Sotran Logística S/A, Sheila Borges.
Por isso, é fundamental também realizar testes de cultura para saber se existe empatia e sinergia entre a companhia e o candidato. Nesse sentido, durante o distanciamento social, a reinvenção dos processos seletivos, sob à luz do digital, potencializou algumas características, as quais a especialista elencou para a gente. Veja:
Maior diversidade e sem limite de fronteiras: com a tendência para o home office, a seleção de candidatos expandiu seu alcance nacional e internacional. Bem como, intensificou a diversidade dos perfis e a inclusão de pessoas com alguma consideração física (PCD).
Produtividade do recrutador: mais agilidade, pois consegue entrevistar em menos tempo mais indivíduos, pois não há deslocamento e esperas físicas. Além disso, as ferramentas digitais já filtram os aspirantes de acordo com score, testes on-line e baterias de perguntas técnicas.
Skills comportamentais: já eram valorizadas, mas passaram a ter uma importância ainda maior frente às formações acadêmicas e certificações. Em especial, aquelas ligadas à rapidez, mudança de mindset, inovação, disrupção e empatia.
Posição ativa do candidato na organização da entrevista: é avaliado o comportamento desde o ambiente virtual, o local, a conexão web, a utilização de plataformas, a organização de agenda virtuais, entre outros.
Atenção às mensagens diretas e subliminares transmitidas durante a seleção: o espaço digital passou a exibir em escala maior os conteúdos pessoais e traços da identidade do profissional. Seja por meio das imagens, sons, ruídos do ambiente familiar ou externo, fala e linguagem corporal. Logo, é bom ficar atento aos detalhes de tudo onde a webcam vai expor, pois isso pode ser um diferencial de aprovação ou não.
Potencialização da credibilidade: recrutamentos 100% on-line ganharam maior confiabilidade e promoveram uma mudança cultural entre gerentes, executivos e diretores. Esses passaram a reconhecer a eficiência do mesmo sem o contato presencial.
Embora muitas companhias tenham implantado planos de contingência para evitar maiores instabilidades durante a pandemia, outras “surfaram nessa onda” e se saíram muito bem. “Esse novo formato trouxe vantagens tanto para o candidato quanto para o empregador, as quais vão além da economia de tempo e dinheiro gastos com o procedimento. Certamente, várias instituições utilizarão o método de agora em diante”, finaliza o analista de RH do Grupo KSL, Wellington Ferreira.
Portanto, não há tempo para perder. É preciso pensar continuamente como podemos aprimorar e inovar. Apesar de tudo estar retomando, sempre é possível melhorar as chances. Por isso, estude e conquiste novas habilidades. Veja também a matéria do programa “Conexão Ilimitada” da TV Nube sobre “contratações não param em meio à crise”.
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