De acordo com a pesquisa global Capgemini Digital Transformations Institute, solicitada pelo LinkedIn, 60% das empresas apresentam dificuldades em encontrar profissionais com soft skills. Segundo o relatório, a busca por colaboradores com essas habilidades sociais aumentou consideravelmente. O estudo entrevistou 1.250 executivos pelo mundo e indicou quais capacidades buscam em seus funcionários: foco no cliente (65%), colaboração (64%), paixão por aprender (64%), e habilidade organizacional (61%).
Para Jefferson Vendrametto, diretor de relações institucionais do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos) e professor de mentoria para startups e empreendedores, essas competências são importantes, pois não basta possuir um currículo impressionante e não ter postura profissional. "Nosso mundo exige pessoas competentes e capazes de deixar um ambiente harmônico. Aptas a lidar de forma madura com as críticas e com o todo da empresa. Hoje, muitos são demitidos por não terem essa inteligência emocional, fator primordial para o bom funcionamento da companhia. Pessoas felizes, geram ambientes positivos e resultados melhores", afirma.
Pensando em como auxiliar a expandir essas aptidões, o especialista destaca algumas orientações.
Empatia
Quando nos colocamos no lugar do outro, sabemos respeitar as diferenças e trabalhar com diversas pessoas, desenvolvendo uma mentalidade colaborativa. Para Vendrametto, respeitar as hierarquias e ter uma comunicação efetiva, são fatores primordiais.
Solução de problemas e adaptabilidade
Toda corporação possui grandes desafios e metas diárias. Nem sempre o desempenho ou o trabalho são completamente eficazes, por isso saber se adaptar às situações desfavoráveis e reverter isso em bons frutos pode ser transformador: “mostra a vontade de trazer a melhoria para o lugar no qual se trabalha. A criatividade também é muito valorizada, enxergar os acontecimentos em diversos ângulos buscando sempre a melhor solução para o empreendimento, os colegas e os clientes”, aconselha.
Inteligência Emocional
O termo popularmente conhecido diz respeito a leitura comportamental feita das outras pessoas e como reagimos a elas. “Quem nunca recebeu uma mensagem, leu e achou algo diferente da realidade. Vivemos em um mundo onde somos bombardeados por informações o tempo todo, precisamos estar preparados emocionalmente para lidar com elas e reagir de forma adequada, principalmente em um ambiente corporativo”, comenta.
Visão compartilhada com Susanne Anjos Andrade, escritora e palestrante. Para ela, precisamos trabalhar nosso mindset e dessa forma compreender os aspectos positivos desse contexto. “É hora de deixar de lado a queixa, a reclamação e partir para a solução. Quais práticas farei para mudar essa situação? É o momento de usar a criatividade e reinventar as relações de trabalho”, aconselha.
A especialista também sugere a importância de outras soft skills para os profissionais do futuro.
Colaboração
Vivemos na era da colaboração, portanto, agora é o momento tanto de oferecermos ajuda quanto de aprendermos a buscar apoio quando precisarmos. “Estamos todos no mesmo barco, é hora das pessoas se darem as mãos para saírem desse processo difícil. Para isso, é fundamental ter e exercitar o espírito de equipe”, diz.
Flexibilidade
As coisas estão sendo feitas de outra forma agora. Pensando nesse contexto, é preciso estar aberto ao novo. “Trabalhávamos de um jeito, de maneira presencial, e agora já flexibilizamos os processos. Eu mesma dou aulas nos cursos de MBA em universidades e precisei reformular todo o conteúdo para ensinar on-line, utilizando os recursos disponíveis para passar a mesma mensagem dada na aula presencial”, exemplifica. Dessa forma, flexibilidade se tornou palavra de ordem.
Você já buscou desenvolver suas habilidades socioemocionais? Com certeza será essencial para sobreviver ao futuro do mercado. Acompanhe as matérias e conteúdos do Nube para mais dicas e orientações.
