O investimento em infraestrutura em economias enfraquecidas por crises pode tornar-se uma grande saída e alavanca para uma recuperação firme e autossustentável. Afinal, se essa ação se localizar em um setor da atividade econômica com demanda muito grande de mão-de-obra, isso leva à criação de um contingente enorme de empregos diretos e indiretos, afetando positivamente toda a população.
Quem sofreu com a crise
Mariane Castro estagiava no setor financeiro, em Ribeirão Preto, e acabou perdendo sua colocação por conta da crise. “A empresa foi bem aberta quanto à situação dos negócios e ainda falou sobre uma possibilidade de me contratar novamente”, comenta. Assim como ela, diversos outros brasileiros passaram por situações semelhantes. Entretanto, o cenário já está ficando melhor e as companhias se preparam para a retomada.
Depender de investimentos do Estado pode ser arriscado
“Como fazer um país, de dimensões continentais como o nosso, sair do atoleiro atual, se ficarmos somente na dependência de capital promovido por um Estado debilitado, com seríssimos problemas de financiamento interno?”, questiona Penha Pereira, economista e master coach.
Parcerias podem dar certo
A melhor saída para muitos governos estaduais com alguma visão é associar-se ao setor privado costurando parcerias. Se bem elaboradas, tirarão dos ombros do setor público a responsabilidade pela administração dos serviços não atribuídos ao Estado. Assim, esse poderá ocupar-se daquilo verdadeiramente tido como sua função primordial: oferecer serviços de qualidade em termos de educação, segurança, saúde e justiça.
Acordos para os gargalos da economia
Percebeu-se a imensa demanda por esse assunto em todas as cidades mas a nenhuma delas cabe tomar a iniciativa por si só de solucionar essas demandas. “O setor privado, junto com as instituições públicas podem firmar acordos e parcerias para resultar em solução aos gargalos do cenário brasileiro hoje”, afirma Penha.
Coparticipações são ideais
Como há ainda uma grande discussão sobre a entrega pura e simples da infraestrutura nas mãos da iniciativa privada, as privatizações 100%, existe outra opção. A alternativa pode ser um exemplo de empreendedorismo e criatividade: as coparticipações público-privadas, por meio das quais das quais a empresa trabalharia em conjunção com os poderes para desenvolver o país.
Aproveitamento dos recursos nacionais
Já vimos como o Brasil é dotado de recursos subutilizados, explorados de maneira improdutiva ou ineficiente, segundo a especialista. Para ela, isso faz a riqueza se concentrar nas mãos de poucos. Portanto, as imensas oportunidades existentes e a disposição de quem deseja empreender devem concentrar-se nas mãos daqueles com o desejo de terem o trabalho digno como fonte de seu total bem-estar.
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