Diante de situações como a pandemia vivida atualmente, muitos padrões aos quais estávamos acostumados mudaram. Em especial, quando o assunto é crise financeira. Isso deve afetar a produtividade das empresas em função da desmotivação dos funcionários. Além do mais, a grande taxa de desemprego e os acordos de redução de salários podem impactar também nos resultados.
Educação financeira é uma alternativa
Segundo pesquisa do Ministério da Economia sobre o Benefício Emergencial, 2.273.856 trabalhadores do país tiveram diminuição de 25% na remuneração. Já, 2.913.107 reduziram em 50% e 3.500.954 em 70%. Isso sem contar os 6.992.528 profissionais com contratos suspensos. “O caminho é incentivar os colaboradores a aprenderem sobre educação financeira. Só isso poderá mudar essa realidade", explica o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos.
Nesse sentido, para 96% dos profissionais de RH ouvidos no levantamento da Unicamp, Abefin e o Instituto Axxus, os cooperadores com mais dificuldades no orçamento são menos produtivos. “Essa situação tem impacto direto no absenteísmo e no rendimento dos funcionários. Por isso, é preciso expandir o debate desse tema tão relevante”, analisa o Domingos.
Outro dado interessante: mais da metade das organizações (56%) já realizaram ações voltadas a esse ensino e 94% delas perceberam melhorias nas entregas. “Essa implementação nas companhias é um processo com efeitos em curto, médio e longo prazo. Isso acomete até mesmo na rentabilidade do negócio, proporcionando um ambiente laboral mais saudável”, afirma o presidente.
Planejamento é a base fundamental para obter o controle financeiro
Logo, o primeiro passo para ter equilíbrio financeiro é o controle pessoal, economizando e se planejando para alcançar os objetivos. “Quando inserimos essa gestão em nossa rotina, enxergamos os erros com nosso dinheiro e podemos evitar surpresas e gastos extras”, ressalta a empresária e fundadora do Grupo Cetro, Luzia Costa.
Assim, se programar é seguir algumas regras simples no dia a dia. Em vista disso, Luzia elencou algumas dicas para auxiliar nessa administração. Veja:
Anote sempre seus gastos - é muito importante registrar todas as despesas diárias, até os pequenos valores como um chiclete, por exemplo. Ou seja, mesmo sendo um consumo baixo pode refletir no orçamento mensal. Dessa forma, no final do mês, você terá uma visão ampla para tomar medidas de economia.
Acabe com suas dívidas - agora é a hora de liquidar as pendências. Para a estabilidade monetária desejada é necessário cessar os débitos. Em especial, nesses tempos de instabilidade mundial, pois os juros e parcelamentos podem compensar.
Lembre-se de guardar uma reserva de emergência - é uma medida fundamental para não passar nenhum “aperto” com imprevistos. Isso também fará a diferença no seu planejamento. “Aconselho a planificar mensalmente uma quantia assim logo no recebimento da remuneração. Seja para guardar ou investir”, diz a CEO.
Não compre por impulso - uma inimiga do autocontrole é a compra por impulso. Então, tente pensar e pesquisar preços e não se esqueça de pagar todas os produtos à vista.
Portanto, “quanto mais você colocar em prática, mais fácil adaptará em sua rotina”, complementa a fundadora. Deixar para trás hábitos antigos e implementar mudanças é um grande desafio. Contudo, se colocar em prática essas estratégias, verá os resultados significativos. Apenas dê o primeiro passo!
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