A quarentena, medida incentivada pelos órgãos governamentais para conter o avanço do coronavírus no país, mudou o cotidiano dos brasileiros principalmente a respeito da rotina de trabalho. Para o Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), entidade responsável por ajudar e inspirar empresários e empreendedores a aplicar os princípios do capitalismo consciente em suas organizações, a implementação do home office trouxe à tona paradigmas de gestão e a necessidade de discutir a atuação das empresas.
Tendência virou realidade
“O futuro do trabalho de uma hora para outra precisou virar presente. Porém, não nos preparamos enquanto instituições e líderes para confiar verdadeiramente nas pessoas, delegar a elas verdadeira autonomia nos domínios de suas funções e oferecer toda informação necessária de modo transparente para as entregas fluírem sem travas. A perspectiva positiva é certamente a de abreviar essa ponte para um novo jeito de enxergar as relações”, argumenta Dario Neto, diretor geral do ICCB.
Dados comprovam
De fato, o impacto da pandemia será vivenciado em peso no universo empresarial. Segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas, encabeçado pelo professor André Micelli, o trabalho remoto irá crescer 30% após o isolamento acabar.
Visão das novas gerações
Para entender como os jovens recebem essa modalidade em suas realidades, o Nube fez uma pesquisa e perguntou: “o que você acha do home office?”. Com mais de 14,6 mil participantes, 63% deles vêem essa como uma boa alternativa para as corporações. Outros 10% falaram sobre como também é uma solução para quem mora longe do trabalho, ou seja, um jeito de melhorar a qualidade de vida.
Para o estudante Walter Bittencourt, do Rio de Janeiro, essa estratégia foi fundamental na corporação onde estagia. “Conseguimos migrar praticamente tudo para a web e isso facilitou muito o andamento das atividades e negócios mesmo em meio à crise”, conta.
Paradigmas da gestão
Ainda segundo Neto, o ponto chave está nos paradigmas de gestão. “É muito difícil esse modelo funcionar com produtividade e boa performance quando não há confiança como ingrediente essencial na cultura. Segurança com autonomia e transparência são ingredientes básicos para fazer o home office funcionar muito bem. A maioria dos estabelecimentos não estão prontos na filosofia por trás do trabalho remoto”, complementa.
Quais serão as maiores dificuldades para a migração?
Graças à tecnologia, praticamente tudo realizado em um escritório físico pode ser feito no ambiente virtual. Para preparar as pessoas, as companhias precisam definir ferramentas e treinar seus times, além de criar rituais e acordos claros para transportar o dia a dia do ambiente compartilhado para o digital. “Negócios conscientes substituem comando, controle, medo e visão de escassez por transparência, autonomia, amor e olhar abundante sobre as coisas. Se isso já é parte dos valores, tudo ficará mais fácil. Se não é, provavelmente é onde a transição terá suas maiores barreiras”, conclui o diretor geral do ICCB.
Entenda mais sobre o home office na medida certa. Você gosta de trabalhar de casa? Conte sempre com o Nube!