Meses após o início da quarentena, o trabalho home office ainda é a realidade de muitas empresas. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Cushman & Wakefield, 73,8% das multinacionais atuantes no Brasil pretendem adotar a modalidade como uma prática definitiva no país, mesmo após a pandemia do novo coronavírus.
Diante desse contexto, mudanças implementadas durante esse momento irão perdurar no "novo normal". Para Marcelo Lefevre, presidente da Poli Júnior da USP, os encontros on-line com todos os membros continuarão acontecendo em uma frequência maior e a manutenção das metodologias ágeis, como "Scrum" e "OKR", continuarão presentes para a gestão dos planos táticos e projetos da corporação.
No entanto, o teletrabalho definitivo demanda uma série de cuidados. “Uma coisa é você colocar todo mundo para atuar em casa, por uma situação emergencial. As companhias se adaptaram e até improvisaram para conseguir manter suas operações. Porém, quando falamos em um modelo fixo, é preciso uma série de orientações para proteger os colaboradores de danos físicos, emocionais e psicológicos. Além da necessidade de proteger a instituição, até mesmo do ponto de vista legal”, explica, Bruna de Lucca, arquiteta sócia do Studio BR Arquitetura.
Saúde dos colaboradores
A partir de sua experiência, ela recomenda a criação de um manual multidisciplinar para um modelo futuro mais estruturado. Ela sugere ainda um programa de conscientização para os próprios colaboradores adquirirem rotinas voltadas à saúde e ao bem-estar. “Podem-se incluir lembretes para as pausas necessárias para hidratação e descompressão, agendamento para exercícios laborais de alongamento e ergonomia. Há também alternativas de desativação do sistema digital após um tempo máximo de trabalho permitido por turno, entre outros mecanismos integrados à plataforma virtual de gestão”, comenta.
Ergonomia
Segundo Bruna, as preocupações com a ergonomia são fundamentais. O tampo da mesa, por exemplo, deve estar a 72 cm do chão. A cadeira precisa ter altura de assento regulável, com braços também ajustáveis para não ser necessário erguer os ombros. “Apesar de não ser um item obrigatório, também é muito importante o assento ter uma proteção lombar, pois os problemas na coluna afetam a circulação sanguínea e resultam em doenças e crises de enxaqueca e irritabilidade”, acrescenta.
Outro item básico a ser contemplado é um suporte para o computador assim a tela fica na altura dos olhos, não sendo necessário curvar o pescoço. Da mesma forma, recursos como teclado e mouse serão necessários para auxiliar e manter os braços na posição correta.
Retomada ao escritório
Apesar da adoção do home office, muitas empresas também estão voltando para os escritórios e para Bruna é importante tirar lições do tempo em casa: “em breve os empreendimentos repensarão seus espaços para um menor adensamento e melhor distribuição de suas áreas. Perceberemos, ambientes mais flexíveis, confortáveis e diferentes de mesas já padronizadas serão uma tendência”, aconselha.
Você permanecerá em home office ou voltará às atividades presenciais? Independentemente da alternativa, conte com o Nube para se preparar e descobrir as novas tendências do mercado. Se deseja saber mais sobre o tema e descobrir como estimular ações positivas em sua instituição, assista a nova matéria do programa “Conexão Ilimitada”, da TV Nube "Prevenção corporativa em tempos de pandemia" e "Como encantar recrutadores e se destacar".