A Inteligência Emocional (IE) é um tópico cada vez mais em alta, não apenas no contexto corporativo, como também para todos os aspectos da vida. Entretanto, segundo Richard Vasconcelos, CEO da Learning Brasil, só nos damos conta dessa habilidade (ou da falta dela) quando visualizamos quão complexo é o nosso mundo interno.
Capacidades deveriam ser treinadas na escola
Para o especialista, é justamente em momentos mais tensos quando percebemos como disciplinas como “emoções e sentimentos” ou “alfabetização emocional” fazem falta na vida escolar. “Ter essa característica desenvolvida é ter consciência das emoções, conhecê-las profundamente e saber lidar com elas, seja nos relacionamentos pessoais ou no trabalho”, afirma.
Quociente Intelectual (QI) versus Quociente Emocional (QE)
Segundo Daniel Goleman, autor do best-seller “Inteligência Emocional” e grande referência mundial nesse assunto, pessoas de sucesso têm 66% de suas habilidades conectadas ao Quociente Emocional (QE), quando apenas 33% são relacionadas ao Quociente Intelectual (QI). “Por muitos anos, no entanto, os sentimentos foram desprezados pelas pesquisas e pelo ambiente de trabalho, mas hoje já sabemos: a razão, a técnica e a precisão não são as únicas capacidades responsáveis pelo sucesso na carreira”, expõe.
Se o QI leva um profissional a entregar os melhores resultados da companhia, é o QE capaz de levá-lo à liderança. “Quando observamos gestores bem-sucedidos, percebemos como 85% de suas competências vêm do QE e somente 15% do QI. Estou falando de autoconfiança, autocontrole, zelo, persistência, capacidade de automotivação, interesse genuíno no outro e empatia”, continua Vasconcelos.
Metas ficam mais fáceis de alcançar
Para o CEO, ao se atentar ao tema, fica mais fácil nos aproximarmos de nossas metas e objetivos, impactando até em nosso bem-estar físico e na produtividade. “Quando não controlamos nossas emoções, acabamos reagindo negativamente, sem pensar, de forma desordenada e, consequentemente, perdemos oportunidades, acabamos com nossas carreiras e afetamos as relações”, conta.
Maurício da Silva estuda administração na Unicamp, em Campinas. Para ele, esse assunto é de suma importância para conquistar seu espaço no mercado. “Aprendi há pouco tempo sobre as soft skills, mas eu aproveito bastante das horas livres para fazer cursos voltados a elas”, explica.
Ajuda a evitar maiores complicações
Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão será a doença mais comum na próxima década. “Ou seja, temos de aprender a manejar o problema o quanto antes e saber como circular nesse mundo do sentir”. Entretanto, o especialista faz um alerta: “mesmo sem aprendermos isso na infância, adolescência ou na vida escolar de maneira geral, podemos adquirir essa habilidade. Essa não é uma tarefa fácil, mas a boa notícia é relacionada ao fato da IE também poder ser desenvolvida”, defende.
Portanto, fique ligado ao tema para garantir cada vez mais sucesso em sua caminhada. Como está sua preocupação com este tema? Inteligência emocional em quatro tópicos. O Nube torce por você!