Neste momento delicado de pandemia, muitas empresas reduziram custos, diminuiram investimentos ou até fecharam as portas e, consequentemente, diversos colaboradores perderam seus empregos. Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) a porcentagem de pessoas desempregadas chegou a 12,9% neste último trimestre. Por isso, é importante o trabalhador rever todas as realizações e traçar um novo plano para se recolocar no mercado.
Para Madalena Feliciano, gestora de carreira e hipnoterapeuta, após sair de um cargo os profissionais passam por três fases: choque, aceitação e ação. “Esses momentos são necessários para repensar suas estratégias, melhorar suas habilidades e buscar novas oportunidades. Agora é a hora de se reinventar, se apresentar para o mercado, fazer network, mapear novas empresas e negócios”, comenta.
De acordo com a especialista, a necessidade de inovar também deve ser uma prioridade dos empregados há muito tempo em um cargo. “O funcionário acaba entrando em uma zona de conforto e é preciso sair dessa conformidade. É necessário se atualizar, fazer novos planejamentos, direcionar suas capacidades, saber reconhecer quais pontos precisa melhorar, bem como traçar metas objetivas e claras”, sugere Madalena.
Home Office
Os profissionais precisaram também perceber e se adaptar aos novos cenários do mercado de trabalho. Com a adoção do home office nas empresas de forma definitiva, as entrevistas agora são on-line, bem como os encontros empresariais e a compra e venda de produtos. Por isso, é importante estar em dia com as inovações e saber lidar com esse modelo tecnológico para garantir uma nova contratação. “Sair da zona de conforto, aprender sobre as novas tecnologias, ofícios e até quem sabe montar o seu próprio negócio são boas estratégias”, afirma a gestora.
Colaboração
Agora é o momento de ajudar o próximo. Muitas pessoas perderam a renda e nem sempre possuem o acesso para muitas vagas. Por isso, o cooperativismo tem sido o caminho para uma nova oportunidade de trabalho. Foi o caso de 14 costureiras de uma comunidade carente de Piracicaba, no interior de São Paulo.
Juntas formaram a Costupira. De início, já receberam uma encomenda do Sesc da cidade para a confecção de 6 mil máscaras de pano de proteção ao novo Coronavírus. Maria de Lurdes Macedo, de 61 anos, uma das associadas está animada com o novo desafio. "Já deu certo! Uma iniciativa muito boa. Estávamos precisando, principalmente as mulheres com uma certa idade, como é o meu caso. Dar início a um projeto como esse foi muito bom. Eu, particularmente, estou muito empolgada", comemora a costureira.
Para Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp - Organização das Cooperativas do estado de São Paulo: “pessoas num mesmo ramo podem se juntar para constituir uma cooperativa. Esse tipo de empreendimento, realizado de forma organizada, é muito competitivo e tem todas as vantagens como poder gerir o próprio negócio, rateio de despesas e ganhos por produtividade.” Só no estado, já são mais de mil grupos atuando em diferentes segmentos econômicos.
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