Termos como transformação digital, indústria 4.0 e sociedade 5.0 vêm sendo utilizados nos últimos 20 anos para demonstrar o impacto e a urgência das novas tecnologias. Antigos recursos são substituídos e novas profissões surgem. Se há menos de um século cargos como datilógrafo e revelador de fotos, por exemplo, eram normais, hoje são impactados pelo surgimento de máquinas. Por isso, é importante estar atento às novas tendências no mercado.
Para Elton Ivan Schneider, diretor no Centro Universitário Internacional Uninter, uma tecnologia quando substitui um produto ou uma profissão, exige da pessoa impactada, tanto do colaborador quanto do consumidor, o desenvolvimento de novas habilidades, sendo estas físicas, cognitivas ou sócio emocionais. “É o ciclo normal de transformação ocasionado pela evolução. Estamos vivendo atualmente a aceleração das transformações digitais”, afirma.
Para ele, não sabemos ainda como será o pós pandemia e se um dia voltaremos a um “antigo normal”. Por isso, destaca alguns dos principais impactos do atual momento no mercado de trabalho.
Profissões
Se antes a busca por uma carreira era moldada basicamente por uma graduação e limitada em uma profissão para o resto da vida, atualmente, as pessoas já começam a se questionar sobre o futuro ou se suas atividades ainda irão continuar existindo depois da crise. “Precisaremos desenvolver competências digitais capazes de nos permitir adquirir novas habilidades ao longo dessa jornada”, sugere Schneider.
Negócios
A tradicional logística de escritórios físicos e de processos de venda já não são aceitos como a única forma de negócio. “O teletrabalho as startups, o e-commerce, a logística reversa, marketing digital, a fabricação automatizada e o fluxo operacional em múltiplos canais (omnichannel) serão as práticas do amanhã. Ou seja, não estar no meio digital significa estar fora do mercado. Além disso, a inteligência artificial passa a ser a referência para a realização de atividades repetitivas e padronizadas”, destaca o especialista.
Home Office
Como apontado por Schneider, o trabalho a distância será visto como uma prática cada vez mais comum. Com a pandemia, essa modalidade se tornou acessível para diversas empresas. Segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 30% das corporações brasileiras devem manter o home office em suas jornadas após a quarentena. “Já é possível contar com recursos digitais capazes de permitir realizar as atividades em qualquer local”, comenta o diretor.
Para Marcel Komatsu, sócio diretor de vendas da Organize Cloud Labs, a adoção do teletrabalho pode ter muitos benefícios. “É uma tendência permanente porque oferece ganhos para os dois lados. Favorece ao colaborador, ganhando em produtividade e qualidade de vida. Já o empreendedor pode reverter investimentos de infraestrutura de um escritório, por exemplo, para outras áreas estratégicas da empresa”, sugere.
Educação
Assim como muitas mudanças foram sentidas, a educação também sofreu diversas alterações. Escolas e faculdades de todo o país se viram diante da necessidade de se adaptar ao EAD e a busca pelo ensino virtual cresceu. De acordo com o relatório Online Learning Steps Up: What the World is Learning (from Home), publicado por um grupo de pesquisadores da Udemy, o número de matrículas on-line quadruplicou, apresentando 425% mais usuários. Ao mesmo tempo, a oferta de cursos pela Internet cresceu em 55%.
Outro aspecto levantado por Schneider é a mudança metodológica do processo de aprendizagem. “Precisamos pensar também em um ensino com todas as suas possibilidades, o aluno é o centro do processo, não necessariamente a tecnologia”, aconselha.
Portanto, é preciso se adequar ao novo cenário do mercado. Acompanhe as matérias e conteúdo do Nube para mais dicas e orientações. Está preparado para essas mudanças?