O desenvolvimento de habilidades no cenário pós-pandemia será decisivo para a competitividade das empresas e até para a permanência de profissionais e negócios. Por isso, algumas aptidões imprescindíveis devem ser valorizadas para sobreviver e se destacar nesse contexto. Você sabe quais são elas?
A empresária, Georgia Roncon, sugere algumas práticas para os colaboradores enfrentarem a volta ao escritório ou até mesmo a recolocação no mercado.
Resiliência
Também conhecida como a capacidade de se reinventar, a resiliência tem sido uma das competências mais importantes para carreira das pessoas. Segundo Georgia essa capacidade adaptativa requer autoconhecimento, maturidade e persistência. “Pensamentos e comportamentos pró-ativos contribuem significativamente para o sucesso e por isso é preciso enxergar oportunidades em meio aos desafios”, afirma a especialista.
Responsabilidade
Modelos de gestão verticalizados também tendem a mudar, mas para a empreendedora essa alteração levará tempo, pois está condicionada à desburocratização de processos e eliminação de cargos de supervisão nos quadros das companhias. “A horizontalização corporativa também está relacionada à responsabilidade dos funcionários. Portanto, o trabalhador precisará ser auto gerenciável, ou seja, produzir sem supervisão, cumprindo prazos e mantendo a qualidade exigida”, ressalta.
Flexibilidade
A flexibilidade permite mudanças de hábito para alcançar novos resultados. Para Georgia é uma extensão da resiliência, porém mais voltada à adaptabilidade de fatores físicos, como a mudança de um local de trabalho, por exemplo do escritório para o home office. Nesse contexto, com a experiência da modalidade remota e integral, as empresas estão ampliando as fronteiras e contratando especialistas de qualquer parte do Brasil, sem a necessidade de mudanças de cidade ou estado.
É o caso da PraValer, fintech de soluções financeiras para educação, com funcionários morando em até 2 mil km de distância do escritório e sem terem contato com a sede ou encontrarem chefes, colegas e até mesmo subordinados. O mineiro Jackson Brito, é uma dessas pessoas. Ele começou a atuar na empresa em abril deste ano e só conhece os outros integrantes da equipe por vídeo e chat. Segundo Fernanda Inomata, head de assuntos institucionais da corporação: “é preciso mudar essa mentalidade de um time só funcionar presencialmente: esse não é o futuro do trabalho”, destaca.
Comunicabilidade
Um profissional exercendo uma boa comunicação nunca está sozinho. Consegue atuar de forma colaborativa e em conjunto, aceita sugestões de mudança com mais facilidade, gerencia conflitos e consegue expor melhor suas opiniões. “Saber se comunicar com eficácia e de forma não violenta também está relacionada ao ato de ouvir e compreender o outro. Interpretar ideias e saber transferir elementos da comunicação falada e visual para a escrita também é um fator relevante”, comenta a empresária.
Empatia
A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e se provou uma das habilidades essenciais durante a pandemia. “Isso porque com a crise financeira, social e política causada pela Covid-19, as pessoas precisaram revisar valores e enxergar a solidariedade como o motor do mundo. É preciso ter empatia e entender as demandas do outro, seja um colega ou cliente”, aconselha Georgia.
Pensamento crítico
No cenário de instabilidade se destaca quem consegue ter um pensamento crítico e aponta alternativas pertinentes para alcançar objetivos. “A visão analítica permite encontrar soluções criativas, revisar processos e mudar atitudes negativas para o negócio. A criticidade possibilitará enxergar saídas em meio à crise, apontar falhas com maior rapidez e antecipar a ocorrência de prejuízos.”, explica.
Quais posturas você já adotou para ser um profissional do futuro? Para ficar por dentro das tendências do mercado, acompanhe as matérias e conteúdos do Nube.