Segundo dados divulgados no ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está no topo da lista em número de pessoas ansiosas do mundo. Cerca de 18,6 milhões de brasileiros convivem com o transtorno. De acordo com alguns especialistas, esses números podem ter aumentado ainda mais com o cenário mundial de isolamento social.
Desafios de cenários instáveis
Por isso, manter o equilíbrio emocional é a chave para enfrentar essas fases da vida. Não é fácil, mas podem trazer mudanças internas importantes e se refletirão na vida pós-pandemia. "Esse momento de recolhimento social e do afastamento físico entre as pessoas pode, sim, intensificar os transtornos de ansiedade. A preocupação com contas, desorganização da rotina, medo, estresse, sentimento de solidão e o próprio distanciamento podem ter sido gatilhos", avalia o especialista em psicologia social e CEO da Connekt, Celson Hupfer.
Nesse sentido, essa situação significa uma verdadeira transformação psicológica. “É uma oportunidade de encontrar com a gente mesmo, de olhar nossa vida profundamente e encarar nosso espelho interno. Ao encontrá-lo, devemos nos amar mais, nos perdoar e não sermos tão duros conosco”, analisa a psicóloga e professora da Universidade São Judas Tadeu, Vanessa Bizzo Lobo.
Redirecionamento empresarial
Ainda conforme o especialista, as empresas e os setores de RH têm um papel fundamental nesse contexto de crise, pois eles também são responsáveis pelo bem-estar dos colaboradores. Então, diversas companhias se organizaram para atender e cuidar intensamente da sua equipe, mesmo de forma on-line.
Na HeroSpark - solução para empreendedores digitais, por exemplo, foi criado um café da manhã, por vídeo, todas as sextas-feiras. A ideia é manter o contato entre o time, falando sobre as novidades da semana e as expectativas para as próximas. Bem como, troca de dicas de filmes, séries e livros e outros assuntos de fora do trabalho.
Já na Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, uma das principais iniciativas é continuidade da ginástica laboral semanalmente, porém, por vídeo. A atividade acontece às quartas-feiras e dura entre 20 e 30 minutos. Além disso, todos os funcionários começaram a ter acompanhamento quinzenal com uma psicóloga para ajudar a enfrentar esta condição delicada com o apoio de uma profissional capacitada.
Mudança de pensamento geral
Para a Vanessa, as pandemias são momentos na história da humanidade na qual a sociedade se resguarda em prol do bem coletivo. “Estamos reservados e restritos do consumo e das relações interpessoais, atentos a nós mesmos, mas também ao outro, alternando o cuidado com a gente e com os familiares, os amigos e a comunidade. Esse exercício vai propiciar uma transformação mental e tende a se refletir no externo e no pós-pandemia”, explica.
Em vista disso, a docente listou algumas mudanças para auxiliar nessa fase. Veja:
Filtre as informações: o excesso de notícias negativas pode gerar ansiedade, estresse e mal-estar. Faça uso da mídia de forma saudável.
Crie uma rotina: se ainda não se adaptou a essa nova conjuntura, é bom fazer isso.
Leia bastante: essa prática estimula o cérebro e é fundamental agora.
Faça atividades físicas: mesmo em casa, afinal elas liberam a ocitocina, o hormônio combatente do estresse.
Cuide-se: valorizar a saúde, a higiene e a aparência ajuda no equilíbrio emocional.
Arrume e limpe a casa: enquanto organiza armários e gavetas, você vai se ajustando internamente, colocando a cabeça em ordem.
Elimine os pensamentos negativos: quando eles surgirem, avalie-os e confronte-os com outras possibilidades para não cultivar pensamentos catastróficos ou negativos ao extremo.
Portanto, cuide-se! Nossa mente é a principal engrenagem, se ela falhar o restante também entra em colapso.
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