Competência é uma das palavras mais faladas nos departamentos de recursos humanos das corporações nos últimos tempos. Contudo, qual é o real significado dessas características e como se conquistam aquelas ainda não alcançadas? Fique por dentro com o Nube!
O conceito proporcionou mudanças até mesmo na área educacional. Um tendência das grandes instituições de ensino nos Estados Unidos e na Europa, nos últimos anos começa a se fortalecer nas universidades brasileiras. Agora, as qualificações já não importam tanto, mas sim as aptidões adquiridas. Dessa maneira, é preciso acompanhar o movimento a fim de se preparar para o novo cenário.
Segundo Alejandro Sisniega, vice-presidente na América Latina da Instructure, criadora do Canvas, software de gestão de aprendizado, o assunto é muito recente por aqui, mas já faz barulho. “Hoje, quando as companhias oferecem uma vaga, elas indicam as habilidades necessárias de um funcionário”, complementa.
O conceito da educação baseada em capacidades (EBC) surgiu nos EUA há mais de 50 anos devido às preocupações sobre o desenvolvimento das habilitações precisas para a vida fora da sala de aula pelos jovens. Assim, começou aos poucos a ter mais presença nos programas educativos das faculdades brasileiras.
Essa mudança de paradigma aconteceu principalmente porque cada vez mais corporações exigem aptidões e não qualificações. Afinal, as notas ou o diploma já não são mais tão relevantes quanto as maestrias adequadas para o cargo especializado.
Afinal, o que são?
No mundo corporativo, trata-se conjunto de saberes, habilidades e comportamento dos profissionais. “Pós-graduação, curso no exterior ou experiência em uma multinacional, por exemplo, não são considerados perícias, mas complementos; na visão moderna da administração, o diferencial dos profissionais hoje é muito mais comportamental em relação ao técnico. Vale ressaltar: tanto o conhecimento explícito, graduação e especializações, quanto o conhecimento tácito, aprendizado do dia a dia, são importantes para o desenvolvimento de competências”, explica Ricardo Camargo, consultor e especialista em empresa familiar da Camargo Gestão, com filial em São José do Rio Preto (SP).
Entre as principais, o consultor cita:
- Trabalho em equipe;
- Habilidade para negociação;
- Liderança;
- Relacionamento;
- Iniciativa
- Visão estratégica;
- Foco no cliente.
Segundo Camargo, essas são as mais valorizadas. “A visão estratégica, por exemplo, é considerada essencial para os diretores, mas menos exigidas para cargos menores”, afirma.
Como descobrir minhas competências?
A principal ferramenta para saber quais são suas competências mais e menos desenvolvidas, é o autoconhecimento. Isso pode vir por meio de relacionamento com a chefia, pares e mesmo pessoas próximas a você fora do local de trabalho. Se a organização não tem um sistema de avaliação 360°, estruture você mesmo uma forma de obter retorno das pessoas quanto ao seu comportamento e trace uma estratégia para corrigir os erros. Isso pode ser feito por meio de um programa de coaching ou treinamento específico. “Não fique parado! Procure sempre acompanhar as necessidades do mercado para manter a sua empregabilidade!”, finaliza Ricardo Camargo.
Mais dicas
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