Antes da pandemia do coronavírus vivida atualmente, o home office já fazia parte de muitas corporações. Contudo, com a necessidade do isolamento social para evitar a propagação do vírus, esse modelo de trabalho tornou-se essencial. Com isso, 43% das empresas brasileiras adotaram a atuação remota durante essa quarentena, segundo pesquisa da consultoria Betania Tanure Associados (BTA).
Adaptação é a palavra-chave
Por isso, o home based pode ser e será, certamente, o destino de muitos profissionais dispensados ou afastados pela crise do Covid-19. Uma projeção feita por analistas da CM Capital estima, entre os meses de julho e setembro, a desocupação no Brasil pode chegar a uma taxa de 16% a 19%. Já o último índice de desemprego registrado pelo IBGE ficou em 12,2%, referente ao primeiro trimestre de 2020.
Sendo assim, Marcelo Camorim, consultor empresarial, especialista em gestão e governança corporativa, explica ser inevitável o impacto negativo dessa situação. “Por isso, devemos tirar lições dessa instabilidade. Para sobreviver, trabalhadores de diversas áreas precisarão se reinventar. Logo, muitos partirão para a consultoria, dar aulas, serviço autônomo, bem como, levarão o escritório para casa”, reforça.
Em vista disso, Bruna Lopes, advogada cível, comenta ainda a possibilidade da contratação para a atividade a distância em sua área profissional: “tem sido essencial e impreterível, conseguirmos produzir bastante e aproveitar a suspensão dos prazos para colocar em andamento as tarefas atrasadas. Então, contando com a flexibilidade, o período da prestação de serviço, tal como, a prospecção de clientes e o aumento da produtividade, é uma alternativa a se pensar”.
Além do mais, colaboradores espalhados em diferentes regiões potencializam a conquista de mercado, expandindo geograficamente. Isso também é uma medida mais econômica em relação a abertura de novas sedes.
Embora seja uma tendência crescente, vale lembrar das dificuldades de laborar de casa, onde há muitas distrações. “É importante ser rigoroso no cumprimento de de horários de entrada, de saída, intervalos e também das reuniões”, alerta Camorim. Outra sugestão do consultor é vestir-se para o trabalho, mesmo cumprindo o expediente no ambiente doméstico.
Então, é fundamental apoiar o time visando o equilíbrio da saúde mental. Ou seja, mantê-los em treinamento e desenvolvimento. Logo, ajudem-os a estarem atentos ao gatilhos da procrastinação e os inimigos da eficiência.
Pensamento estratégico
Todavia, muitas companhias veem nessa circunstância a chance de aumentar o rendimento da equipe. Confirmado pela pesquisa da Universidade de Stanford, na qual esse regime ocupacional pode aumentar a produtividade em até 13%.
Outra perspectiva é analisar os benefícios da modalidade. Por conseguinte, um estudo recente, realizado por professores da Harvard Business School e da Northeastern University, resultou em um aumento de 4,4% na entrega em operação remota. Além disso, para os empreendimentos há a economia com encargos sociais, produtos ou serviços melhores e com custos reduzidos, vantagens fiscais e leis trabalhistas mais estruturadas. Como também, melhor retenção de talentos e contratação sem a preocupação da distância.
Portanto, procure ferramentas para auxiliar na administração da instituição e dos funcionários. Fases como essa precisam de uma liderança forte e motivadora. Por isso, é necessário redirecionar o olhar aos pilares da organização e humanizar os processos. Ou seja, promover o diálogo com o público interno e entender suas angústias.
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