Antes da crise global do Covid-19 o mercado já estava passando por uma verdadeira revolução. Contudo, nesse momento isso está se acelerando e uma pergunta ecoa entre o mundo corporativo: qual será o futuro do trabalho pós-pandemia?
Nova relação com o trabalho
Anteriormente a essa situação, a filial japonesa da Microsoft adotou a experiência de implementação do final de semana de três dias. O experimento feito por 30 dias teve a repercussão de um aumento em produtividade de 40%.
Do outro lado, no Brasil, com adoção emergencial do home based como forma de redução do contágio do vírus, espera-se crescer a adesão, em 30%, pós-coronavírus. Esse número é resultado do estudo do professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Miceli.
Assim, diversos profissionais acreditam ser esse um padrão sem volta. "O home office nos dá mais rapidez, flexibilidade e engajamento. Na minha visão, teremos um crescimento notável dessa modalidade, por esses fatores, criando importantes mudanças em vários tipos de negócios. Logo, exigindo uma capacidade de adaptação pelas empresas afetadas e permitindo o surgimento de várias formas de serviços atrelados”, expõe o CEO da Simpress - líder do mercado de outsourcing no Brasil- Vittorio Danesi.
Contudo, para a especialista em usabilidade e arquitetura da informação, Melina Alves, para esse sistema ter sucesso, é vital as instituições compreenderem as dificuldades dele. Ou seja, laborar em suas casas, o tempo todo, pode deixar funcionários vulneráveis à influência de informações e eventos fora do meio corporativo.
É preciso adaptação
“Existe toda uma cultura organizacional por trás de cada colaborador. Com isso, antes de oferecer a possibilidade de atuar remotamente, as organizações devem preparar todo o grupo, de gestores a auxiliares. Ou seja, fornecer infraestrutura e segurança para a continuidade da produção”, explica a também CEO e fundadora da DUXcoworkers, Melina.
Nesse sentido, a colaboração é fundamental. Logo, contar com a compreensão, engajamento, feeling e empatia da equipe é um desafio, mas essencial. Assim, os resultados poderão surpreender mesmo os mais descrentes, visto, a capacidade de aumentar a motivação interna. Bem como a produtividade do time e a qualidade das tarefas apresentadas.
Impacto positivo da modalidade
Uma pesquisa recente, realizada por professores da Harvard Business School e da Northeastern University, revelou aumento de 4,4% na entrega em atuação remota. Com isso, a modalidade tem benefícios para os negócios, como:
- Economia com encargos sociais
- Produtos ou serviços melhores e com custos reduzidos
- Vantagens fiscais
- Retenção de talentos - afinal, o teletrabalho faz parte do conjunto de proveitos da companhia.
- Contratação sem a preocupação da distância
- Leis trabalhistas mais estruturadas
Da mesma forma, os ganhos também se estendem ao staff, veja:
- Maior independência e liberdade profissional
- Menos estresse no trânsito a caminho do serviço
- Alimentação mais saudável
- Flexibilidade de horários
- Autogerenciamento
No entanto, isso não significa a extinção dos escritórios, mas, sim, o crescimento da modalidade. Por conseguinte, podemos observar essa expectativa na pesquisa recente do LinkedIn: uma das principais tendências para o futuro, segundo 72% dos recrutadores ouvidos pela plataforma é a flexibilidade no serviço.
Além disso, trabalhadores espalhados em diferentes regiões elevam o poder global do empreendimento, expandindo seus horizontes geograficamente. Isso, é uma medida mais econômica em relação a abertura de novas sedes. Por isso, uma melhor estratégia para a conquista de novos mercados.
Portanto, grandes interesses apontam novos caminhos. Invista nisso e boa sorte!