O primeiro dia de Maio é conhecido como o Dia do Trabalho. É uma data comemorativa internacional criada para celebrar a labuta dos profissionais ao redor do mundo. A homenagem remonta a 1886, quando uma greve foi iniciada na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Na época, a reivindicação era por melhores condições, como a redução da jornada.
Porém, nesses mais de 100 anos muitas coisas mudaram. As dinâmicas laborais se flexibilizaram e novas práticas, como o home office, já são adotadas. Pensando nisso, quais lições o feriado pode trazer para as empresas e colaboradores?
Marcelo Arone, fundador da OPTME, ressalta a importância da reflexão diante do atual cenário de crise: “todo momento de incerteza acelera os processos de transformação, seja ela na sociedade, na vida dos indivíduos ou nos pequenos detalhes do dia a dia. Em pouco mais de um mês, todo aquele ecossistema corporativo moderno construído ao longo dos últimos anos já se ajustou às novas tendências exigidas pós-Coronavírus.”
O especialista ilustra um caso de sucesso da corporação Ferrero, responsável por alimentos como o creme de avelã, Nutella. “Ao fim da segunda guerra mundial, seu fundador, Pietro Ferrero, resolveu acrescentar avelã ao chocolate por conta da escassez de cacau na Europa, para fazer seu produto render mais. Hoje, o produto é referência”, afirma Arone.
No caso da mão de obra, Arone menciona o exemplo de colaboradores de diferentes indústrias atualmente migrando para áreas de tecnologia. “Engenheiros, economistas e administradores antes eram disputados por áreas, em teoria, mais ‘glamourosas’, como bancos, consultorias ou grandes empresas de consumo e agora trocaram a gravata pelos startups, fintechs e empresas de inovação”, menciona o CEO.
Em suma, Arone aposta em dois principais aprendizados para serem debatidos durante primeiro de maio: integração e renovação. “Vagas com potencial de crescimento, em sua maioria, estão ligadas a área digital e ao consumo básico”, explica o profissional.
Adrian Fognini, diretor geral da Thomson Reuters América Latina, reitera a importância de investir em tecnologia e informação durante fases de instabilidade econômica e social. “Nesse ambiente de mudanças, contar com dados atualizados em tempo real sobre alterações regulatórias é fundamental para cumprir corretamente com as obrigações”, comenta o especialista.
Para ele, o futuro do do trabalho se encontra justamente no caminho da modernização de fluxos: “O conjunto de informação atualizada, tecnologia de ponta e suporte adequado permite a qualidade nas entregas a partir de qualquer lugar. Além disso, vai ser determinante para profissionais passarem por esse período da melhor maneira possível.”
Fognini exemplifica ainda como empresas do segmento de funções regulatórias estão se adaptando ao novo cenário: “escritórios sem o devido preparo podem não ter condições de atender seus clientes. Quem estiver atento a tudo isso e contar com o pacote completo de informação atualizada e tecnologia de ponta, tem uma boa oportunidade para ganhar força no mercado.”
Além disso, o diretor orienta, o futuro trabalhista caminha em direção a superação de desafios: “essa é uma crise sem precedente. A sociedade global era muito diferente há cem anos, na última epidemia dessa magnitude. Porém, uma coisa é certa: ter conhecimento, utilizar tecnologia de ponta e estar bem preparado para os desafios sempre foram fundamentais para superar momentos difíceis e dessa vez não será diferente.”
O Nube deseja um feliz Dia do Trabalho para todos!
