Para prevenir a propagação do Covid-19, muitos brasileiros estão se adaptando a trabalhar em casa. No entanto, para um home office eficiente é preciso pensar em alguns fatores. Dentre eles, qual será o espaço reservado para ter uma boa rotina profissional. Levando em conta o fato de muitos colaboradores não terem escritórios ou ambientes reservados em suas residências, confira algumas orientações para a ambientação das atividades remotas.
Durante o expediente no lar é preciso realizar a ‘mudança de chave’. “Nossa adaptabilidade é uma das grandes virtudes do ser humano”, afirma a arquiteta Ieda Korman. Pensando nisso, ela sugere dicas:
Escolhendo um lugar
O primeiro passo é analisar os cômodos de seu domicílio e perceber quais são as condições de cada espaço. A arquiteta propõe: “para a decisão, dê preferência a áreas com iluminação – tanto a natural, como também com lâmpadas –, ventilação e capaz de permitir atuar com conforto; Se possível, escolha um local sem muitos estímulos, como a cozinha. Caso não seja possível, a mesa ou a sala de jantar podem ser adaptadas.”
Ieda alerta ainda para quem vai trabalhar no quarto. Tenha foco para não ficar tentado a ficar na cama, isso pode tirar a concentração e provocar sonolência. Se possível, inclua uma mesinha e cadeira em seu dormitório.
Tenha as ferramentas certas
Depois de definir um bom ambiente é hora de criar uma atmosfera com todas as ferramentas e itens essenciais para um dia produtivo. “Traga para ele todo o necessário: notebook, bloco de notas, caneta, garrafa de água, smartphone e uma luminária de mesa”, aconselha a especialista.
Tenha atenção à ergonomia
Pensar no local de trabalho vai muito além do fluxo operacional, é questão de saúde. Dentro das orientações de ergonomia, é fundamental estabelecer uma postura correta para evitar problemas como fadiga, dificuldades na visão, dores musculares e tendinites. “Uma regrinha básica: a verificação da altura da mesa na comparação com a da cadeira. Ao sentar, verifique se os braços estão alinhados na elevação do peito”, indica Ieda.
A forma ideal para as atividades laborais é apoiar a coluna no encosto do assento e se posicionar entre 45 a 70 cm de distância da tela do computador. A altura do monitor deve estar ligeiramente abaixo – cerca de 15 a 20 graus – da direção dos olhos para não ter tensões no pescoço. “Em casa fica difícil seguir à risca essas medidas normativas. O caminho é observar se há algum desconforto. Caso aconteça, o apoio com livros ou suportes ajudam nessa regulagem”, explica a arquiteta.
A acomodação dos pés também deve ser observada. Visando a circulação sanguínea, devem estar apoiados no chão ou em cima de um suporte. Você pode improvisar com um banquinho ou uma almofada, por exemplo.
Caso o sofá seja a única opção para trabalhar, a recomendação é buscar o máximo de comodidade possível ao sentar-se. Usar uma sustentação para não posicionar a máquina diretamente no colo contribui para uma maior estabilidade do equipamento eletrônico.
Karina Stryjer, psicóloga e gerente de promoção de saúde da It’sSeg, orienta: “em meio às dificuldades físicas e psicológicas do período, preze pela empatia. A criação de uma rede de apoio entre todos torna tudo mais suportável. Mesmo a distância, procure manter contato com conhecidos e preste atenção caso demonstrem instabilidades emocionais.”
A especialista ainda recomenda, se preciso invista em terapias on-line, tão eficazes quanto as presenciais e não colocam em risco a saúde do profissional e do paciente. "Com a resolução do Conselho Federal de Psicologia, o atendimento virtual foi liberado para evitar o alastramento da pandemia da Covid-19. Dessa forma, as pessoas poderão receber acolhimento e receber recomendações. Os canais de escuta são terapêuticos e certamente irão beneficiar a população".
Por fim, Ieda ressalta a importância da comunicação e colaboração entre os moradores do mesmo lar: “os ajustes não estão concentrados apenas no local físico. Os demais residentes também precisam compreender e se adequar ao momento.”
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