Como seres humanos, nos organizamos em sociedade por meio da interação. Estamos habituados a isso, pois faz parte do nosso costume. Assim, é natural um certo desconforto proveniente do isolamento. Isso pode ocasionar algumas respostas físicas e cognitivas as quais afetam tanto nosso sistema imunológico quanto o equilíbrio emocional. Como lidar com isso?
Segundo a psicóloga Ana F. Winter, temos algumas estratégias para tentar conservar nossa saúde mental o mais equilibrada possível, diminuindo as reações de estresse e ansiedade. “Estamos passando por algo completamente novo, precisamos nos confinar, mudar completamente nosso dia a dia, parar atividades. Isso certamente nos impacta, mas temos como cuidar”, analista.
Reduza os ruídos e tenha disciplina
De acordo com a especialista, a primeira coisa a ser feita é tentar diminuir a quantidade de informações desnecessárias, pois isso pode gerar um quadro de ansiedade. A indicação é buscar se informar uma vez ao dia. O excesso de informações é capaz de ativar um estado de alerta exagerado, prejudicando a capacidade do corpo de relaxamento. Assim, procure pensar no isolamento como algo benéfico para o bem comum e pensar: em breve tudo voltará ao normal.
Outra dica é manter sua agenda de tarefas diárias. Para muitos, o home office é uma novidade com potencial para ser uma experiência nada prazerosa. “A melhor opção nesse caso é tentar manter ao máximo a rotina, mesmo em casa. Organize seu tempo, tire o pijama, faça seu trabalho, mas não esqueça da pausa para o almoço, café, descanso e jamais abra mão do período livre!”, complementa Ana.
Evite o ócio
Se o trabalho foi suspenso, procure alternativas, como tarefas manuais, exercícios físicos possíveis de serem feitos em casa, leituras, jogos etc. Busque atividades para distrair sua cabeça e evitar o desânimo. Afinal, a solidão faz parte do nosso estado sentimental, mas em excesso ela pode produzir tristeza e potencializar traços depressivos inerentes a cada ser humano.
Na visão de Luciana Santana, psicóloga em Goiânia (GO), vale lembrar também daquela lista de coisas a fazer nunca terminada. “Por mais crítica a situação, podemos tirar algum proveito dela e fazer muitos afazeres sobre os quais reclamávamos não ter tempo. O momento é propício para interagirmos em família, ler, escrever, ligar para pessoas distantes, organizar o lar ou mesmo colocar as séries em dia”, afirma.
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