O Brasil passa por um sério fator de risco: faltam profissionais com capacidade para preencher vagas abertas em diversos setores. Um estudo promovido pela Korn Ferry, no fim de 2019, mostra o problema. A pesquisa feita com empresários brasileiros evidencia um déficit de 1,8 milhões de pessoas para oportunidades mais especializadas – considerando tanto as chances abertas quanto as preenchidas por indivíduos sem a qualificação considerada ideal.
A análise aponta: o número deve crescer a uma taxa de 12,4% ao ano, até alcançar 5,7 milhões de postos com colaboradores sem competência ideal ou vagos até 2030. Aliás, a falta de domínio em áreas estratégicas de um negócio geralmente ligadas ao seu crescimento pode impedir as empresas de faturarem até o fim do ano U$ 43,6 bilhões.
Crise mundial
A análise contou com a participação de mais de 115 companhias. Dentre elas, cem localizadas no Brasil. Das áreas com maior desfalque, três têm destaque:
- tecnologia
- mídia e telecomunicações
- negócios, serviços bancários e manufaturas
Oportunidade de qualificação
Se por um lado faltam pessoas qualificadas, do outro, o mercado oferece propostas. Os cursos profissionalizantes, por exemplo, suprem a necessidade de quem precisa se atentar a isso, mas não tem tantos recursos e tempo para investir. Décio Marchi, diretor executivo da Via Certa, explica: em média, um treinamento na modalidade livre, dura em torno de seis meses a um ano e meio com baixo custo. “Trata-se de uma alternativa assertiva para quem busca por cargos melhores e também para quem almeja uma chance em outro ramo de atuação”, explica.
A cada momento, o universo organizacional fica mais exigente e isso está fazendo as pessoas ficarem cada vez mais preparadas para essas mudanças. Para Marchi, em geral, as instituições valorizam muito os currículos nos quais há constantes atualizações.
Estágio
A modalidade voltada para estudantes já se mostrou um excelente pontapé inicial para a jornada corporativa. Desse modo, quem está no ensino médio, técnico, EJA (Educação de Jovens e Adultos) ou na graduação, tem a chance de conciliar o conteúdo teórico da sala de aula com a prática empresarial. Os ganhos a partir disso são expressivos.
Para Juliane Almeida, dificilmente será possível sair do curso formada e empregada caso não tenha estagiado durante os quatro anos de jornalismo. “Esse ramo, principalmente, é bem difícil. Por isso, eu preciso aproveitar todas as possibilidades para construir meu currículo e meu diferencial”, comenta.
Sempre procure meios de evoluir. O Nube torce por você!
