Quando você pensa em criatividade no mercado de trabalho possivelmente imagina ser um talento exclusivo de poucos. No entanto, é uma competência presente em todos nós e saber utilizá-la é essencial para o seu sucesso.
De acordo com o estudo State of Create, realizado pelo Adobe, cerca de 60% dos indivíduos não se julgam criativos. Ideia considerada equivocada pela mestre em Empreendedorismo e Inovação Stéfani Paranhos: “nós esquecemos, durante o jardim de infância, somos criativos. Essa fase é marcada por experimentar coisas estranhas sem medo ou vergonha. Mas, conforme vamos crescendo, desenvolvemos o temor da rejeição social.”
Para muitos, a habilidade pode parecer um mero conceito abstrato; no entanto, Stéfani alerta sobre a importância de potencializá-la no ambiente corporativo. “Sua grande função é resolver problemas e, na vida profissional, surgem muitos desafios. Para resolvê-los precisamos de novos processos, produtos, serviços ou negócios. Um trabalhador criativo é capaz de improvisar e lidar com dificuldades de formas mais baratas, simples, rápidas e eficientes.”
Um dos exemplos abordados por ela é a invenção do velcro adesivo, material utilizado em roupas e acessórios: “a inovação está nesses pequenos insights. Um engenheiro saiu para passear com seu cachorro e percebeu algumas sementes presas no pelo do cão e em sua roupa. Disso pensou em aplicar o mesmo mecanismo em tecidos.”
Como funciona a criatividade?
O pensamento imaginativo, antes de tudo, é um fenômeno do cérebro. Em pesquisa publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), o especialista em neurociência cognitiva, Roger Beaty, demonstrou como a inventividade usa várias séries de neurônios de modo interconectado.
A análise provou como pessoas criativas conseguem utilizar as redes neurais simultaneamente. Ou seja, a mente fica mais interligada, permitindo, dessa maneira, maior quantidade de conexões na geração de ideias.
Quer ser mais criativo?
Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, ser inventivo está entre as dez características necessárias para assumir ocupações no futuro. Stéfani atualmente ministra treinamentos voltados ao comportamento empreendedor e deixa como dica: “busquem construir repertório. Façam cursos do seu interesse, não só aquilo suficiente para trazer dinheiro imediato em suas carreiras. Saiam do celular e vejam o mundo de verdade. Invistam em intercâmbios a países com uma cultura totalmente divergente da nossa. Uma hora essas referências aparecerão em suas mentes para se combinarem com outros conhecimentos e, assim, surgem criações incríveis.”
Para os estudantes, Larissa Lopes, 18, aluna de jornalismo na Fapcom (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação) sugere: “no ambiente estudantil eu tento me inspirar e aprender com meus colegas dos outros cursos. É muito importante admirar aspectos positivos e inovadores em outras pessoas.”
Além disso, explorar todas as oportunidades de aprendizado oferecidas no meio acadêmico pode servir de ferramenta para exercitar a capacidade criativa. “Quando os professores passam trabalhos, tento pensar fora da caixa. Às vezes uma simples apresentação de slides pode ser uma chance para criar um material diferente e atrativo”, afirma Larissa.
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