O mercado de trabalho cada vez mais necessita de coordenadores qualificados para atender às demandas e os desafios de cenários em constante transformação. Os líderes devem saber ouvir e se comunicar com pessoas de diferentes níveis hierárquicos, transitar por diversas culturas e práticas de negócio, reconhecer talentos e basear sua gestão na colaboração entre profissionais com competências complementares.
Valores essenciais
Chefes de destaque possuem alguns valores em comum como empatia, resiliência, escuta ativa, adaptabilidade, flexibilidade, propósito, capacidade de comunicação e de resolver problemas, por exemplo. Porém, como desenvolver habilidades em colaboradores com potencial para assumir futuras posições de gerência?
Marcelo Bittencourt, estudante de direito, de Brasília, conta valorizar características procuradas em líderes. “Principalmente quando abordamos a questão penal e judicial do país, as competências presentes em um gestor admirável devem ser aplicadas ao representante da área do direito”, compartilha.
Justamente por isso, ele busca se atentar à escuta ativa e ao estudo para entender quais são as demandas do seu mercado de atuação. “Quais são as necessidades dos clientes dos escritórios de advocacia? Sempre me questiono, pois, com isso, consigo estabelecer planos tangíveis para a carreira”, constata.
Esse é o objetivo do Programa de Formação de Novos Líderes, organizado pelo Grupo DB1, formado por empresas brasileiras de tecnologia com escritórios no Brasil, Argentina e Estados Unidos.
Novas lideranças para um “novo normal”
Agora, neste contexto no qual a transformação é a tônica das corporações e o home office é a realidade do trabalho, o projeto contará com 13 módulos de desenvolvimento, ministrados de março a novembro, nos quais outros 34 colaboradores deverão ser capacitados.
Exemplos inspiradores
Fabricio Rigotti foi contratado em 2019 para assumir a gerência de TI no Grupo DB1, uma função repleta de desafios, ainda mais por ser o quarto supervisor da equipe em apenas dois anos. O cenário encontrado na época no setor foi de um time cansado.
Obstáculos vencidos
De acordo com Rigotti, “a rotatividade na área era grande e o grupo estava desmotivado. Em consequência, quem precisava dos serviços de TI reclamava e preferia tentar resolver os próprios problemas para evitar chamar alguém do setor”, relata. Foi em meio a esse ambiente quando ele começou no Programa de Formação de Novos Líderes em 2019, contribuindo muito com o desenvolvimento e engajamento de todos.
Como aproveitar o potencial dos grupos
Ele conta como, desde o início, identificou o potencial de seus liderados. “Porém, essa capacidade não estava canalizada da forma correta nas atividades desenvolvidas pelo coletivo. Faltava direcionamento, processos e administrar melhor o tempo, assim como também havia muita sobrecarga em alguns indivíduos específicos. Foi preciso avaliar o cenário para poder caminhar para as mudanças”, compartilha.
Com o aprendizado do curso, traçou um plano de ação com alguns passos-chave. Cards motivacionais foram aplicados individualmente e permitiram realizar uma estratégia com foco em cada um dos talentos. Uma matriz de responsabilidade foi criada identificando o nível de cada um com base nas competências, cuja finalidade é diagnosticar quantas pessoas são necessárias para cada habilidade.
Resultados expressivos servem como exemplos
Para melhorar a gestão de tempo de toda a equipe, foi criada uma planilha de controle, com as incumbências listadas por prioridade, com status de andamento e previsão de entrega. Como resultado, pela primeira vez, o setor bateu a meta de 8,5 na pesquisa de satisfação interna, atingindo 8,6, e concorreu ao Awards 2019 com três indicações, conquistando o troféu de camaradagem. O ambiente antes pesado, transformou-se em um cenário de muita união e parceria, com todos querendo ajudar e fazer parte do resultado e conquistas.