A aprendizagem é inerente ao ser humano desde o seu nascimento. Contudo, existe um senso comum em relação a esse processo, no qual, só se encerra quando conclui-se o ensino médio ou a faculdade, tendo em mãos um certificado para atuar no mercado de trabalho. Um olhar cuidadoso sobre a realidade, no entanto, mostra como essa mentalidade está ficando para trás.
Como os brasileiros encaram esse desafio
Segundo pesquisa da Pearson, a maioria das pessoas acha importante continuar estudando na vida adulta e acredita ser esse um caminho fundamental para progredir na carreira. Entre os brasileiros, por exemplo, 88% concordaram com a afirmação: a educação não termina na escola e é preciso permanecer atualizado.
De acordo com Juliano Costa, vice-presidente de Educação da Pearson no Brasil, eles estão corretos, pois em um mercado cada vez mais competitivo e em acelerada transformação, as pessoas se deparam com novos obstáculos constantemente. “Quem está mais preparado para lidar com os desafios é, em geral, quem está mais atualizado, e não quem preferiu se apegar a um diploma ou conjunto de conhecimentos conquistado anos atrás”, evidencia.
Nesse cenário, ganha força o conceito de lifelong learning, ou em português, aprendizagem ao longo de toda a vida. Assim como o de "conhecimento via streaming", em fluxo constante, ao invés do "conhecimento em storage" quando se acumula. Para o especialista, as pesquisas indicam um despertar dos profissionais.
Ainda segundo o levantamento, dois terços dos brasileiros têm buscado se requalificar nos últimos dois anos, em resposta às alterações ocorridas em seus trabalhos. Eles estão fazendo cursos de curta duração, treinamentos oferecidos pelos empregadores ou por associações profissionais, segunda graduação ou aprendendo por conta própria. A proporção de brasileiros se requalificando é maior em relação aos países desenvolvidos como Estados Unidos (31%) e Reino Unido (24%).
Oportunidades para o aprendizado
O estudo ainda aponta uma característica interessante: as organizações, cada vez mais, estão investindo no desenvolvimento de seu pessoal. “Não há como esperar um preparo, se você não abre caminho para isso acontecer. Se não for por meio de treinamentos internos, pode ser com apoio financeiro ou flexibilização de horários de trabalho”, considera.
Portanto, muitas pessoas têm vontade e consciência sobre essa questão. É necessário, então, segundo o especialista, pensar em como criar condições para elas se desenvolverem mais. “Empresas, universidades, sistemas educacionais, governos e instituições precisam entrar de vez na era do lifelong learning. “Assim nós, como sociedade, estaremos prontos para os desafios do futuro”, finaliza Costa.
Ires Cruz, estudante de ciências contábeis na Universidade Federal da Bahia, procura se especializar por meio de cursos ligados a sua área de formação, como finanças e economia em geral. Para a jovem, isso é fundamental na hora de concorrer a uma oportunidade, por exemplo. “As pessoas têm currículos similares, habilidades e graduações parecidas. Para se destacar, é necessário oferecer algo de diferente como: intercâmbio, fazer parte de algum projeto, estar envolvido com as dinâmicas universitárias, escrever artigos, ter uma experiência profissional inovadora, etc”, comenta.
E você? Pensa como Ires? Não perca tempo e se esforce para garantir seu espaço no mundo corporativo. Veja mais dicas do Nube por aqui.