Quanto tempo você passa por dia usando o seu celular? A média dos brasileiros é a mais alta do mundo: quatro horas e 48 minutos. Os dados são de um levantamento da empresa de estatísticas Statista e surpreendem.
Atualmente, o aparelho virou o mais novo “membro” do corpo humano, passamos facilmente horas grudados aos nossos aparelhos sem perceber os acontecimentos do mundo off-line. É cada vez mais normal olhá-lo para mandar uma mensagem, depois um e-mail, depois voltar para responder outra pessoa. Quando vemos já estamos perdidos nos “stories”, vídeos e posts.
Vícios on-line
Segundo Vivian Wolff, coach de vida e carreira, é um processo quase hipnótico e a tecnologia dominará nossas vidas se não tomarmos as rédeas. “Em breve, teremos inteligência artificial pelas paredes de nossa casa. Como essa maré não volta atrás, o melhor é aprender a surfar, mantendo nossa atenção e presença física”, considera. Portanto, se fizermos uma pausa para examinar nossas ações, poderemos conscientemente controlar e diminuir maus hábitos.
Existe uma frase famosa do coach motivacional americano, Tony Robbins: “para onde seu foco vai, sua energia se dirige”. Portanto, ao se concentrar em questões mais fúteis no meio digital, consequentemente, isso se tornará parte de sua vida e essas escolhas te levarão a diferentes caminhos.
A especialista aconselha a dedicar-se para outras questões mais saudáveis. “Construir o hábito de questionar e mudar seu foco fortalece os músculos os quais tomam decisões. Gradualmente, você passará a trabalhar recursos para sair das distrações”, explica.
Como retomar o foco?
Quando perceber estar horas e horas “rolando” o feed do Instagram ou um vídeo qualquer, a dica da especialista é tentar quebrar o encanto. “Se a sua atenção foi prejudicada pelo celular, comece a mandar ao cérebro comandos, para ajudar a te desligar do virtual”, alerta. Portanto, pratique esse exercício diariamente. “Lembre-se: o cérebro é uma máquina. Para determinadas atitudes, o controle está com você”, considera.
Além disso, procure reservar momentos do seu dia para essa atividade e não deixe ser tomada pelo impulso de ficar encarando a tela preta. Quando for utilizar, busque assuntos interessantes, os quais irão ampliar seus conhecimentos.
Laís Guimarães cursa administração na Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Para a jovem, a distração é muito nítida, basta chegar alguma notificação e a curiosidade de pegar o aparelho é despertada. “Eu configurei o próprio celular para ser acionado apenas em situações importantes. Isso melhorou a minha concentração. Além da medida, atrapalha, mas pode ser um bom escape em momentos de esgotamento”, conta.
Quer saber mais sobre o assunto? Veja nossa matéria sobre Celular no trabalho: amigo ou vilão? Boa sorte!