Não é novidade para ninguém: com a alta taxa de desemprego no país, os profissionais demitidos passam a ser seus próprios patrões e desenvolvem seus empreendimentos. Muitos desses, com ideias inovadoras e “fora da caixa”. Segundo pesquisa do GEM 2017, do Sebrae/IBQP, a participação de pessoas entre 18 e 34 anos no total de empreendedores é de 57%. Ou seja, 15,7 milhões de jovens na atividade.
A boa notícia é: esse pensamento não precisa ser construído apenas na vida adulta, mas pode começar ainda na adolescência. “Todo indivíduo é um empreendedor em potencial”, afirma Dudu Obregon, autor da disciplina Empreendedorismo Criativo da Mind Makers. Para o especialista, não se trata de um dom, mas de um conjunto de habilidades, as quais podem e devem ser exercitadas, aprimoradas e compartilhadas.
Muitas escolas brasileiras, inclusive, têm voltado os olhos para essas questões e investem em disciplinas com foco na criatividade, competências socioemocionais e agilidade de ação. “O contato com dinâmicas e programas reais nos auxilia na construção do pensamento crítico, capaz de solucionar problemas, desenvolver projetos e de aprimorar ideias”, considera Obregon. Pensando nisso, conheça sete pilares para o desenvolvimento de uma postura empreendedora:
1. Liderança facilitadora: não é ter “talento para mandar”, mas como agir em conjunto e conduzir o time para determinado objetivo.
2. Resolução de conflitos: aprenda a lidar com eventuais problemas e gerenciar pessoas.
3. Persistência: aja com otimismo e com vontade de superar as dificuldades, com a consciência de entender quando não está dando certo.
4. Colaboração: embarcar no desafio de forma coletiva e interdependente, sem querer resolver tudo sozinho.
5. Iniciativa: proatividade para identificar possíveis soluções e propor melhorias no serviço.
6. Comunicação: é saber dialogar claramente, entender os outros e também se fazer entendido.
7. Escuta: exercite sua empatia, dando abertura e mantendo a atenção com os demais.
A inovação é palavra-chave para quem quer apostar no ramo, mas ter uma visão de mercado é fundamental nesse processo. Nadyédja Luna, analista de custos em Curitiba, pensa em seguir nesse nicho, com algo na base da sustentabilidade e oportunidade. “Há uma tendência das pessoas fazerem homeoffice e co-work. Além disso, muitas vezes elas têm reuniões com clientes e marcam um café ou algo do tipo. A ideia é fazer um espaço voltado ao ambiente mais saudável e sustentável”, conta.
E você? Qual a sua ideia? Veja esta matéria com dicas para dar o primeiro passo. Boa sorte!