Quando éramos crianças, sempre estávamos criando algo novo. Não perdemos esse potencial depois de adultos, mas precisamos quebrar nosso bloqueio criativo. Albert Einstein já dizia: “criatividade é a inteligência divertindo-se”. O mercado atual valoriza a inovação em qualquer área, portanto para se manter ativo profissionalmente é preciso estimular seu potencial.
Para a supervisora do curso de Fotografia do Centro Europeu em Curitiba, Tania Buchmann, nós precisamos de referências. Elas são o alimento para o diferente. “Por isso é importante criar hábitos. Você já pensou como a rotina pode ser um dos motivos para diminuir a originalidade? Sim, foi comprovado: ela é um de seus maiores inimigos”, explica.
Afinal, se fizermos tudo igual vamos conviver com as mesmas pessoas, as quais tendem a falar coisas iguais. Uma música nos leva a emoções conhecidas e assim por diante. “Buscar novidade produz novas “sinapses” no nosso cérebro e isso nos torna mais inovadores. Por isso, alguns pequenos hábitos podem ser experimentados e viram uma experiência agradável”, assegura a especialista. Para ela, alguns passos podem auxiliar:
1. Fuja do cotidiano – escolha uma transformação por dia. Faça caminhos distintos quando for trabalhar ou estudar, tome banho de olhos fechados, fale com um amigo o qual não vê há muito tempo.
2. Descanse a mente - use os intervalos para algo mais prazeroso. Escute um som, ande descalço na grama, escreva algo, desenhe.
3. Não existe certo ou errado - tente diversas possibilidades antes de decidir algo definitivo. Nosso cérebro tende a buscar uma resposta rápida.
4. Leia 10 minutos - além de ampliar o conhecimento, você aumenta as possibilidades de criar algo fora do comum.
5. Blocos de anotações - são úteis até no meio da noite. Uma palavra ou ideia diferente poderá ser o início de um projeto ou solução de algum dilema.
6. Exercite-se - aprenda outro idioma, pratique exercícios de raciocínio lógico, como palavras cruzadas.
Virginia Garcia é educadora e gestora pedagógico-acadêmica. Atualmente, como Diretora de Publishing R&D da International School, também com atuação no Rio de Janeiro, vê a necessidade de incentivar em cada um a adequação às mudanças do século. “Precisamos potencializar nosso lado humano: as habilidades de comunicação – negociação e argumentação -, coisas como criatividade, responder a desafios, pensar de forma arrojada, desenvolvendo flexibilidade e empatia, aquilo incomum a máquina”, explica. Do contrário, será muito difícil viver nos tempos modernos.