Ações de voluntariado já são praticadas há tempos pelos brasileiros, contudo, a tendência cresce também no ambiente corporativo do Brasil. Segundo a pesquisa ‘Outras Formas de Trabalho 2017’, do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia, esse tipo de iniciativa cresceu em 12,9%. Atualmente, 7,4 milhões de pessoas realizam ações com o viés colaborativo, o equivalente a 4,4% da população de 14 anos ou mais.
Segundo Marcelo Nonohay, especialista na área e diretor da MGN Consultoria, embora as corporações ainda estejam dando os primeiros passos, o movimento entrou no país na metade da década de 1990. “Então, não podemos considerar uma novidade. Felizmente, a maioria está despertando para a importância da responsabilidade social”, afirma.
Para alcançar o sucesso no voluntariado é preciso ter um olhar estratégico a fim de definir as causas a serem trabalhadas e os formatos das entregas. “É fundamental quebrar as barreiras de atenção seletiva dos indivíduos nas organizações”, comenta. Para isso acontecer, é necessário comunicar os objetivos da atividade com clareza ao público-alvo. “Somos um povo solidário por natureza, mas a mensagem precisa chegar até cada um dos interessados”, diz Nonohay.
Depois, é o momento de planejar o programa. O uso de ferramentas auxiliam nesse momento. O Canvas é uma delas, porque é um meio de escutar os funcionários, compreender os objetivos da companhia e aprofundar-se na realidade da comunidade. Essa fase contribui para as próximas - como refletir sobre o orçamento, cronograma e mensuração de resultados. “O ideal é entender quais pontos funcionam melhor no cotidiano do empreendimento. As operações de fábricas tendem a preferir atividades diferentes do setor varejista, por exemplo”, pontua o especialista.
Para as corporações, o voluntariado é uma chance de estreitar laços com a comunidade, desenvolver soft-skills, aumentar o senso de pertencimento dos colaboradores e ainda elevar o nível de employer branding. Quanto ao engajamento da equipe, as vantagens também são notórias. “Os participantes conectam-se com mais facilidade com a cultura da empresa. Por consequência, a identificação com o ambiente de trabalho resulta em um impacto positivo na produtividade e na harmonização do clima organizacional”, revela Nonohay.
Assim aconteceu com Diogo Prevedello. Ele ingressou no programa por meio da oportunidade concedida no local onde atuava, a Pelissari, também com filial em Brasília. “Vi a chance de aperfeiçoar as minhas habilidades de liderança e compartilhar com as diretoras das instituições. Então, entrei em contato com parte do cenário das crianças especiais. Me estimula muito ter a certeza que poder contribuir para melhorar essa situação”, afirma.
Reflita sobre os benefícios dessa empreitada e leve para seu time. Certamente, todos sairão ganhando!