Um dos critérios mais relevantes para o mercado de trabalho está relacionado às suas competências produtivas, isto é, quantas tarefas você é capaz de fazer em um determinado tempo. De fato, se atentar a isso pode te fazer ter mais destaque em meio à competitividade, mas um obstáculo pode ser cruel: a procrastinação.
Diferentemente das concepções populares, essa resposta inconsciente aos nossos afazeres não é uma preferência, segundo Thaís Gameiro, sócio-fundadora da empresa Nêmesis, voltada à neurociência organizacional. Para ela, há quatro fatores diretamente ligados ao ser produtivo. São eles:
I. Nível de descanso;
II. Estresse;
III. Prática de interagir com a delegação (se você se sente preparado para realizá-la);
IV. Motivação.
“Nosso cérebro tem recursos limitados. Quanto mais informações recebemos para realizar uma obrigação, maior será a dificuldade em conseguir uma boa performance”, explica. A protelação, nesse contexto, pode ser gerada a partir desses aspectos.
Além disso, é necessário entender: não somos multitarefas, justamente por conta de como funciona o mecanismo da atenção humana. Thaís esclarece: “ninguém consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo. Nossa cabeça tem apenas um filtro e ela só presta atenção em uma etapa de cada vez”.
Portanto, uma solução para o problema é saber como administrar suas energias. Ou seja, é necessário se concentrar em obter horas de trabalho de qualidade e não pensar apenas em aumentar a carga diária. Outra recomendação da especialista é o autoconhecimento, pois ajuda você a descobrir os momentos e condições ideais para a realização de suas incumbências.
“É importante identificarmos padrões, porque aumentamos o rendimento quando fazemos tarefas desafiadoras, as quais exigem concentração ou maior desgaste cognitivo”, destaca. Thaís ainda indica: encontre os gatilhos responsáveis por fazer você adiar uma atividade e defina novos hábitos.
Ana Clara Trivelato cursa economia na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp. Dividindo sua rotina entre ambiente acadêmico e profissional, ela conta com a vantagem de ser organizada e detalhista desde criança. “Não deixo nada para a última hora! Porém, algumas vezes é necessário executar um dever com o tempo apertado, infelizmente”, conta.
Justamente por isso, a universitária procura se programar, para pensar em ir além do trabalho e não fazer apenas o esperado. “Sem antecedência, isso se torna difícil”, relata. De qualquer forma, ter boas horas de sono, ser regrado e dar um passo de cada vez ao assumir as responsabilidades cotidianas podem ser dicas cruciais para bons resultados.
Agora, aproveite suas férias para repor suas energias, repensar seus objetivos e virar o ano se destacando! Boa sorte!