Há dez anos, a Lei de Estágio 11.788/08 entrava em vigor. A data representou um marco no mundo corporativo e as regras trouxeram mudanças ao segmento. No geral, empresas ganharam maior segurança jurídica e milhões de estudantes foram beneficiados. Saiba mais sobre o assunto!
Em uma década, a lei estabeleceu direitos e deveres bem claros. Quem tiver 16 anos ou mais e estiver regularmente matriculado no ensino médio, técnico, superior ou tecnólogo pode exercer a atividade. A chance de se destacar, logo no início da carreira, é grande!
Como vantagem, os estagiários contam com a bolsa-auxílio, seguro contra acidentes pessoais, recesso remunerado, auxílio-transporte e carga horária máxima de 6h diárias e 30h semanais. “Esses termos auxiliam os educandos a conciliarem a vida acadêmica com a profissional, permitindo manter os estudos em dia e a formação é completa. Afinal, eles colocam em prática o conteúdo aprendido em sala de aula e ainda ganham a tão cobrada experiência”, afirma o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci. Por ano, 750 mil candidatos são encaminhados para processos seletivos.
As corporações, por sua vez, recebem benefícios fiscais com a isenção de tributos como INSS, FGTS, 13º salário e multas rescisórias. O ato escolar educativo supervisionado não cria vínculos empregatícios, logo, tanto a companhia, quanto o colaborador, podem romper o contrato a qualquer momento, sem a necessidade de aviso prévio ou quitação de qualquer taxa extra. “Além disso, o empreendimento ganha a oportunidade de formar talentos sem vícios anteriores. Em até 60% dos casos, esses funcionários são efetivados e ocupam cargos importantes, por já estarem adaptados a cultura do local”, enfatiza Mencaci. Portanto, também há o ganho com a energia dessa mão de obra, sua vontade de aprender, além da diminuição no custo com futuros recrutamentos para vagas internas.
Segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, hoje, 26,6% dos jovens estão sem uma colocação. Além disso, apesar da elevação de alunos na educação superior ter saído de 3,5 para 8 milhões, de 2002 a 2016, ainda é baixo o número de concluintes. Ou seja, de acordo com as informações do último Censo Inep/MEC, apenas 39,1% se gradua. O principal motivo é a falta de dinheiro para custear a mensalidade e os gastos com material e transporte. Ainda assim, mais de 17 milhões de estudantes, dos diferentes níveis, perseveram na vontade de conseguir um diploma e se mantém em instituições de ensino. Porém, desses, só um milhão estagia - 740 mil no nível superior e 260 mil no médio e técnico - conforme aponta pesquisa da Abres- Associação Brasileira de Estágios.
“É importante as empresas se conscientizarem da relevância de abrir espaço em suas equipes para essas pessoas. Além de estimularem uma grande parcela a permanecer na escola, ainda dão oportunidades para a faixa etária mais afetada com o desemprego, a de 16 a 24 anos”, explica Seme Arone Junior, presidente da Abres.
Pela lei, não há valor mínimo estipulado para a remuneração de um estagiário no Brasil. Todavia, segundo a “Pesquisa Nacional de Bolsa-Auxílio 2018”, realizada pelo Nube, o valor médio gira em torno de R$ 1.002,79. “Então, vale a pena os gestores avaliarem seus times e preparem o local para receber esses colaboradores. Além de ser a maior porta de inserção no mercado, a atividade também impulsiona a economia e tira da vulnerabilidade quem formará o futuro do país!”, finaliza Mencaci.
E aí, pronto para investir no estágio? Seja estudante ou empresário, só a ganhos nessa aposta!