Quantos boletos seus estão atrasados? De acordo com o levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito - SPC, 63,6 milhões de brasileiros estão em inadimplência. Ou seja, quando o consumidor não consegue pagar suas contas e fica com o nome sujo. A situação é grave, mas está mais comum. Em meio a esse cenário, como se programar e evitar o contratempo? Saiba nesta matéria!
Em pesquisa do Nube, questionamos: “o que você faz com seu dinheiro?”. Os resultados demonstraram a dificuldade de parte das pessoas em planejar seus recursos. Dos 10.979 respondentes, 38,16% afirmaram realizar aplicações para ter segurança no porvir. Porém, 33,18% não são capazes de fazer a poupança durar e gastam até o limite.
A terceira opção, “pago dívidas e elas não acabam”, foi escolhida por 22,77%. A professora Marcia Cristina Silva já esteve nessa condição em diversos momentos. “É péssimo ver os compromissos vencendo e não poder arcar com eles”, desabafa. Porém, ela decidiu contornar o impasse e ordenar o capital. “Passei a enumerar as prioridades e ir resolvendo uma de cada vez, até saldar todas”. Preservar-se de novos incumbências também foi decisivo na recuperação econômica da educadora.
Segundo a gestora financeira, Danieli Morbidelli, da its4Company, localizada na região de Campinas (SP), a organização é fundamental. “Deve-se deixar de lado alguns luxos corriqueiros e realmente preservar o essencial”, recomenda. Na opinião dela, a recessão é uma das causas do aumento da quantidade de endividados. “Com a diminuição de salários devido à alta oferta de mão de obra, profissionais excelentes estão se sujeitando a remunerações muito inferiores visando a sobrevivência”. Na visão da especialista, dessa forma, muitos não podem cobrir os débitos completamente e caem novamente na estatística.
Por isso, ela deixa algumas dicas para quem deseja sair do vermelho:
Categorize: coloque as despesas no papel e classifique-as por cores, a fim de facilitar a ordem das mais importantes. Como resultado, fica mais fácil identificar onde é possível economizar.
Relacione os recursos com objetivos: as metas são significativas? Então, vale a pena poupar e investir nelas. O valor da mensalidade da faculdade, por exemplo, pode ser vinculado ao sonho de ascensão profissional. Assim, preserva-se o pensamento a longo prazo.
Mantenha o foco nas coisas indispensáveis e não se atole em pendências. Aplique mais recursos em seu futuro e menos em aspectos passageiros. Boa sorte!