Gerir estagiários, aprendizes e efetivos é uma das tarefas mais difíceis para quem ocupa um novo cargo. Por conta disso, cada vez mais são criados treinamentos sobre liderança, quase sempre com um viés focado no mundo dos negócios. Contudo, saber comandar a si mesmo é o primeiro passo para o sucesso. Saiba mais!
O dia a dia, dentro e fora do trabalho, exige uma tomada rápida e constante de uma enormidade de decisões. Portanto, além de pensar sobre quais pontos estão à nossa volta, precisamos refletir sobre nós mesmos. “Em outras palavras: temos de ser líderes de nossas próprias vidas para guiá-la pelos nossos sonhos e projetos”, afirma Nelma Sá, coach e vice-presidente da Unipaz São Paulo.
Ao nos fortalecermos, aprimoramos o autoconhecimento e nos tornamos, assim, pessoas melhores e gestores capazes de inspirar, motivar e encorajar qualquer time a buscar grandes resultados. “Há quem acredita não ter nascido para gerenciar um time, mas isso não existe. Esse tipo de pensamento é uma representação dos próprios medos”, explica. Para a especialista, todos nós nascemos com potenciais de liderança, porém, alguns precisam de um impulso para desenvolvê-los.
Hoje, temos à nossa disposição instrumentos capazes de mapear as nossas potencialidades e respectivos desafios (aspectos a desenvolver). Esse é o primeiro passo. Em seguida, é fundamental compreender o nosso padrão de funcionamento. Desenvolver a autoliderança significa ampliar a capacidade de concretização, aprender a fazer escolhas conscientes e alinhadas com os princípios e valores. A partir daí, vamos nos tornando donos de nossas próprias vidas, conectados com a liberdade e responsabilidade pelas escolhas.
Maristela Negri é de Campinas e Sócia-Diretora do Clap. Em busca de um melhor entendimento sobre si própria, ingressou em uma ‘Jornada de Autoliderança’. Nesse tipo de programa é possível exercitar a reflexão em meio a longas caminhadas, marcadas pelo silêncio e contemplação. “Fiz o curso na Chapada dos Veadeiros, onde revisitei crenças, padrões de comportamento, redescobri dons e talentos”, conta. Para ela, o treinamento permitiu um diálogo interno, momentos de superação e reconhecimento de recursos para superar obstáculos. “Entendi a importância de seguir adiante pelas adversidades da vida com mais consciência, resgatando metas com ações concretas. Fui com a intenção de escrever um livro e voltei com vários poemas, os quais nem ao menos imaginava criar”, explica.
De acordo com Nelma, esse é um processo no qual respeitamos nossa própria singularidade e, consequentemente, o outro na sua diversidade. “Abre a chance de sermos verdadeiros conosco. Não importa se com isso vamos nos tornar grandes CEOs ou pais e mães de família. Uma vez desenvolvida a autoliderança, somos capazes de ditar nossa trajetória”, enfatiza.
Caminhar rumo à felicidade e paz interior é o grande prêmio. Você já investiu no seu?