Quem nunca pensou em abrir o próprio negócio? Final de estágio, irritação com o chefe ou cliente, insatisfação com a empresa como um todo, ou mesmo um sonho distante de mudar de ares são só alguns motivos para querer mandar tudo para o alto e começar um empreendimento para chamar de seu.
Para se ter uma ideia, em 2017, o número de novas empresas cresceu 13,6%, se comparado ao ano anterior, atingindo os 2,2 milhões. Em meio a crise, diversos brasileiros recorrem a alternativa para dar a volta por cima. Contudo, é preciso cuidado!
“Eu tenho experiência dos dois lados do jogo e confirmo: virar dono de uma organização não é nada fácil. Como tudo na vida, essa empreitada tem um bônus claro, mas carrega junto um ônus”, afirma Carlos Titton, especialista em gestão empresarial. Para ele, muitos pensam ser esse o caminho para se livrar de um gestor, mas não é. “Em minha própria companhia, eu tenho dezenas de líderes. Consumidores, gerentes de banco, parceiros, fornecedores e todos os demais stackholders, os quais cobram e palpitam sobre o meu trabalho. E não é pouco não, hein!”, esclarece.
Levando em conta esse cenário, ainda tem o fato de você não ser demitido, todavia, a corporação poder quebrar. Afinal, quando as coisas andarem mal, não há ninguém para questionar ou repassar o problema. Por outro lado, você tem a liberdade de tomar todas as decisões e conduzir a empreitada da forma como achar mais conveniente.
Para empreender, será preciso coragem de encarar riscos e realizar um planejamento minucioso. Todos os grandes empreendedores enfrentaram problemas até solidificarem os seus negócios. Porém, é válido ser ponderado na hora de largar a carreira para seguir essa trajetória. O mais apropriado é começar desenvolvendo o senso de dono no local onde atua, pois com essa habilidade, você agirá com a mesma paixão, determinação e vontade de quando for seu próprio negócio.
De acordo com Rogério Fameli, da empresa Abertura Simples, com filial em Campinas, quando tomada a decisão de partir para essa jornada, é fundamental se planejar. “Muitas vezes, o empreendedor se precipita pensando em conseguir um CNPJ, tirar as licenças, e acaba esquecendo dessa etapa. Para fugir das estatísticas (de acordo com o IBGE, seis de cada dez empresas não sobrevivem aos primeiros cinco anos de atividade), é necessário estruturar cada etapa. Esse é o ponto de partida para determinar o público-alvo, estudar a concorrência, o mercado etc”, explica.
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