A comunicação no mundo corporativo é um ponto fundamental, tanto para desenvolver relacionamentos, quanto para ter uma boa produtividade. No entanto, muitas pessoas extrapolam, chegando, por vezes, a causar incômodos aos colegas de equipe. Levando em conta essa realidade, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo com o seguinte questionamento: “Como você lida com quem fala demais no ambiente profissional?”. O resultado apontou a necessidade de maior empatia.
O levantamento ocorreu em todo o Brasil, entre 12 e 23 de março, com 44.938 jovens de 15 a 26 anos. A grande maioria, 60,39%, ou seja, 27.138 participantes, revelou: “eu escuto e vou antecipando os fatos para ganhar tempo”. Segundo a analista de treinamento do Nube, Jéssica Ferreira, essa não é uma postura recomendada. “É preciso ouvir e entender exatamente o contexto da mensagem. Se adiantar impede a percepção de detalhes da conversa estabelecida, resultando na perda de informações relevantes”, explica. Portanto, o ideal é observar com atenção, para assim resolver até mesmo conflitos, ou sanar as dificuldades em questão.
Já 35,01% (15.731) disseram: “eu sempre sou paciente e venço a pessoa pelo cansaço: quando para de falar eu começo”. De acordo com a especialista, ter calma é importante, contudo, muito além de ganhar pela exaustão, é essencial criar uma relação de confiança entre receptor e emissor. Entretanto, no caminho oposto, 3,42% (1.538) se posicionaram: “não tenho paciência. Sempre corto a pessoa no meio da fala”. Essa perda de tranquilidade aparece de diversas formas: pelo tom de voz, postura corporal, uso de linguagem inapropriada, entre outros. Por isso, é válido tomar muito cuidado para não ofender ao outro. “Ao perceber o aborrecimento e se ver à beira de uma ação inadequada, o melhor é fazer uma pausa, respirar e depois retomar o contato. Pequenas rupturas podem gerar grandes desgastes”, enfatiza Jéssica.
Por fim, 1,18% (531) afirmaram: “eu falo demais e isso até mesmo me cansa”. Para esses, a dica é pensar antes de qualquer coisa. “Na comunicação, existem três coisas a serem levadas em consideração: o objetivo, o público-alvo e o canal. Logo, se possível, crie um roteiro, com foco nesses três pontos, de modo a não ser prolixo e cansativo”, recomenda a analista.
De maneira geral, vale a pena avaliar a linguagem usada, pois gírias e erros de português transmitem uma imagem negativa. “Então, dedique-se à leitura, pois o hábito enriquece o vocabulário e traz um leque grande de conteúdo”, finaliza. Exercite a empatia, escute as pessoas e seja um agente solucionador de problemas.
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