A economia do país começou a se recuperar da crise financeira de 2015 e 2016, mas uma consequência veio para ficar: as empresas buscam executivos cada vez mais hands-on, ou seja, os quais coloquem a mão na massa.
Segundo Carla Moreira, business manager da consultoria People Oriented, também com filial no Rio de Janeiro, as reestruturações empresariais em busca de mais eficiência tornaram as equipes enxutas e desafiadoras para seus líderes. Por conta disso, é essencial ter tanto visão estratégica, quanto habilidade para atuar com a parte operacional do negócio. “Isso ocorreu em todos os segmentos. Hoje, lidera-se de maneira muito mais próxima ao restante do time”, conta.
A habilidade de se relacionar bem também é decisória na hora de avaliar uma nova contratação. Em paralelo, explica Carla, embora boa formação acadêmica e profissional continuem valorizadas, o mercado tem dado peso à experiência de vida. “Vemos as organizações buscando compor seus quadros de forma mais híbrida, tanto com colaboradores jovens, mas com alto potencial, quanto com executivos com mais tempo de carreira e boas lições aprendidas. A ansiedade dos mais novos é equilibrada pela maturidade e experiência dos mais velhos”, diz.
Henrique Taniguchi é dentista, proprietário do Centro de Cirurgia Oral (CCO) e gere um time de talentos. Para ele, o primeiro passo para quem assume um cargo maior é saber enxergar o seu entorno. “Liderança tem muito a ver com a observação precisa das condições e circunstâncias. É preciso ter inspiração e se autoconhecer, para lidar bem com os outros”, ressalta.
Dedicação e proatividade nunca foram tão importantes para conseguir destaque no mundo corporativo. E você, está fazendo sua parte?