Atualmente, segundo dados do Inep/MEC, temos 17,6 milhões de estudantes no país, englobando nível médio, técnico e superior. Em meio à rotina diária, muitos deles têm de conciliar diversas atividades, a fim de conquistar um bom desempenho não só na vida acadêmica, como pessoal e profissional. Pensando nesse cenário, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa com a seguinte pergunta: “Qual o maior desafio de quem estuda”. O resultado apontou preocupação em processar tantas informações.
O estudo ocorreu em todo o Brasil, entre 21 de agosto e 1º de setembro e contou a participação de 32.238 pessoas entre 15 e 26 anos. Para a grande maioria, ou seja, 50,45%, ou 16.264 votantes, a principal dificuldade é “assimilar todo o conteúdo ensinado”. De acordo com Rafaela Gonçalves, coordenadora de treinamento do Nube, ainda é comum no Brasil os jovens terem rotina dupla (emprego X aulas). “Logo, a dica é ingressar em um estágio. A carga horária é de no máximo 6h diárias e 30h semanais e é possível colocar em prática todo o aprendizado obtido na instituição de ensino, facilitando muito o entendimento das matérias”, indica a especialista.
Como segundo obstáculo consta “ter um bom desempenho”, apontado por 22,89% (7.378). Para esses, quanto maior sua participação nas atividades, melhor será sua evolução. “Se almeja sucesso na carreira é necessário dedicação desde cedo, pois, o mercado está cada vez mais concorrido e só são contratados os mais qualificados”, ressalta a coordenadora.
Na opinião de 16,45% (5.302), “cumprir as tarefas escolares” é o mais complexo. Para dar conta de tantas obrigações durante a semana, Rafaela deixa algumas dicas:
Distribuir melhor o tempo – priorizar as disciplinas difíceis e, por fim, as fáceis. Assim, é possível melhor planejamento durante a semana e mais lacunas para o lazer.
Organização – é muito importante ler livros e textos solicitados pelo professor, com antecedência, pois, com isso, estará melhor preparado para as discussões em sala.
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Por fim, para 10,22% (3.294), o mais complicado é “conseguir trabalhar em grupo”. Esse desafio é intenso porque exige inteligência emocional, comprometimento e respeito ao próximo, competências muito cobradas no mundo corporativo. “Nossa sociedade está passando por um momento de adaptação e quebra de paradigmas e isso contribuirá para melhor convivência e união. O fato dessa opção ficar em último lugar, mostra como estamos mais abertos à relação com o próximo”, comenta a coordenadora.
Seja qual for sua maior dificuldade, lembre-se: as empresas contratam quem se dedica à melhoria contínua. “Por isso, aproveite as oportunidades para se desenvolver e se destacar profissionalmente”, finaliza Rafaela.
E você, concorda com o estudo?
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