Recrutar talentos não é uma tarefa fácil. Para identificar os funcionários ideais para uma empresa, um líder deve saber os pontos fortes e fracos de cada um e, acima de tudo, fazer o melhor uso deles para o potencial máximo ser alcançado. Esse é um ensinamento extremamente atual, porém, no século 7, já era defendido pelo imperador Tang Taizong, um dos maiores governantes da história e responsável por transformar a China em um dos países mais poderosos.
A dinastia Tang foi marcada por um grande número de realizações inteligentes, inovadoras e ousadas, fruto principalmente da sabedoria. “Contudo, suas conquistas se devem, também, ao trabalho em equipe e à sábia política de recursos humanos de Taizong, o qual soube recrutar os homens mais habilidosos para a sua administração”, explica Chinghua Tang, autor do livro “O guia do líder”.
A ideia girava em torno do gestor não ser especialistas em todos os campos, mas ter uma capacidade inata de avaliar pessoas. Além disso, não era necessário buscar perfeição nos outros, mas ser capaz de identificar seus talentos e dons. “Essa era justamente uma das chaves para o sucesso do governo: o julgamento perspicaz das habilidades e fraquezas dos subordinados”, conta o escritor.
De acordo com o imperador, a arte da liderança é a arte de alavancar, de dar espaço para os colaboradores alcançarem seu potencial. “Por isso, o superior deve fazer todos os esforços para encontrar as pessoas inovadoras, pois elas tornarão a sua vida mais fácil”, comenta. A regra era não usar homens de grande capacidade para tarefas simples e nem os de pouca capacidade para atividades importantes.
“No momento de escolher seu time, ele contava também com a ajuda de um dos seus mais brilhantes ministros, Wei Zheng, o qual destacava ser necessário para um homem, antes de alcançar reconhecimentos, observar com quem ele estava associado e sua postura perante as dificuldades”, diz Tang. Já o mestre reforçava a necessidade da segurança, para quem passasse a ocupar posição de autoridade, para não ter ciúmes dos talentos alheios e, ao contrário, trazê-los à plena atividade.
Por fim, ele lembrava o dever dos superiores possuírem autoconhecimento, a fim de formar um grupo com a combinação certa de pontos fortes capazes de compensar as deficiências do chefe. “Os princípios de Taizong mostram como são parecidos os caminhos de um imperador e de um administrador de sucesso. Seus ensinamentos sobre gestão influenciam empresários há mais de mil anos”, revela o autor.
E você, se considera um gerente no estilo indicado por Tang Taizong? Lembre-se de ser sempre ético e não descuide da comunicação. Tenha atitude, responsabilidade e proatividade. Assim, certamente, você se destacará”, incentiva Cristina Telles, gerente de recursos humanos da Unicarioca, no Rio de Janeiro.
Conte sempre com o Nube!
Veja também: